segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

infinita highway

É estranho pensar no passado como algo que aconteceu bem distante, algo que você nem acredita que aconteceu. É como se você retornasse toda a estrada da sua vida que caminhou durante todo tempo e vir as lombadas, buracos, curvas que passou, algumas não percebidas, outras tão grandes que nunca se deu o trabalho de esquecer porque está constantemente rondando sua cabeça. Difícil é querer pegar um cimento qualquer e cobrir as falhas de sua caminhada, nada feito, a estrada só tende a crescer cada vez mais, com mais lombadas, buracos e curvas. Se eu soubesse alguma fórmula específica do esquecimento, talvez não estaria cá estou eu. Ás vezes nos pegamos sendo inimigos do nosso próprio pensamento. Ele parece ser tão cruel. Também tenho vontade de migrar em outra estrada, andar sem rumo, sem responsabilidade, apenas andar e andar. Assim diria Graciliano Ramos - andar que nem um judeu errante - ver o pôr-do-sol como se fosse a última vez na minha vida, sentir o cheiro da natureza como se não houvesse mais nem um cactus, só terra morta. Dar valor às pequenas coisas pode se tornar um caminho pensável, no qual acredito que não me arrependeria. É, passei a metade dessa minha viagem reclamando de coisas esdrúxulas, definitivamente de barriga cheia enquanto outros, nem esse direito tem. Estranho pensar nisso, seria um pensamento capitalista demais, apesar de ser a triste realidade, da qual, insisto muitas vezes em fechar meus olhos, fazendo de mim uma pessoa, de fato, egoísta.
Meus possíveis passos não serão calculados, nós tentamos de todas as formas criar espectativas, esperanças por algo que nem sabemos se irá acontecer certamente. Só caminhamos, e caminhamos muito perante à uma digníssima aventura que somente cada um de nós sabemos a origem e por certo, a morte. Ah, humanos mortais! Se tudo fosse perfeito não haveria de ter graça na vida. Quem seriam os "gauches" e os tais rebeldes revolucionários? Quiçá estaríamos na Idade da pedra ainda... Não paro de caminhar nessa minha highway que tanto temo. De vez em quando pego uma carona aqui, outra lá e assim vou continuando sem rumo, apenas respeitando minha missão. O destino virá indubitavelmente. O melhor mesmo é deixar o passado como passado e se houver novos buracos, que eu ultrapasse de todo modo, sem medo e nem pavor. O que ficou, ficou. Continuaremos na nossa infinita highway - Não queremos lembrar o que esquecemos, nós só queremos viver... Não queremos aprender o que sabemos, não queremos nem saber sem motivos, nem objetivos... Estamos vivos e é só, só obedecemos a lei da infinita highway. - que há de ter um fim.

sábado, 5 de novembro de 2011

sem blues

E naquele momento, estava ela lindamente sentada com toda sua delicadeza fumando um cigarette à la Audrey Hepburn. Esbanjava ar de sensualidade como ninguém, parecia até uma musa pin-up com aquele corpo cheio de silhueta. Seus lábios umidecidos com o leve toque do batom avermelhado sabor cereja. Aquilo me excitava e mantinha meus olhos vivos. A cada tragada que ela dava, saía fumaça que me encantava como ninguém. Na mesinha ao lado, uma garrafa de uísque na metade com um copo marcando o batom vermelho dela.
Ah, como eu gostaria de desvendar seus mistérios. Aquele olhar expressivo me fascinava, me intimidando para desvendá-los, para descobrir cada detalhe. Era incontestável, que quando ela ensaiava sorrir, trazia-me um ar de tristeza. Aquela garota linda de aparência forte e desafiadora, por dentro escondia uma menina tímida e descorajada. Existiam medos dentro dela. Ficava encantada quando ouvia o som de alguma música - por um momento esquecia sua tristeza. - Era uma menina sem blues.
E eu, observando-a, tenho a constante vontade de roubá-la para mim e dar para ela um pouco do meu rock'n'roll, um pouco do meu soul, fazendo com que haja uma sintonia de alma entre nós dois, da qual dessa, eu só saio embriagado e entorpecido ainda mais pelo seu perfume de menina-mulher.

domingo, 30 de outubro de 2011

sinestesia de emoção

A real é que eu nunca dei valor às pessoas. Quando decido tentar, me decepciono. É uma espécie de sina vinda do plano surreal onde eu herdei com todas as minhas forças. Meu jeito frio e ao mesmo tempo sentimental me dá um sabor cromático de sentimentos inusitados, cujo deles, faço meu refugio, meu esconderijo. Uma coisa que não posso negar: ele me traz paz. São sensações gostosas, meu espírito goza do prazer de tê-lo todos os dias ao meu lado, se dando somente à mim. Infelizmente, vivemos em um mundo egoísta... as pessoas já nascem com a plenitude do poder nas mãos, massacrando os demais, pisando nos demais como se fossem restos de uma concorrência perdida, da qual sob a liderança está você, só você. Sou ser humano, também sei ser egoísta, porém tenho a mera consciência de detectar quando estou usufruindo demais deste defeito que nos torna ceguetas. Minha filosofia é clara. Faço bem para as pessoas que querem o meu bem, não devo prendê-lo somente pelo meu bem-estar, são sentimentos em jogo. Não estamos falando de um simples sentimento, mas sim de respeito, paixão, carinho, amor e desejo. Cometo erros - na maioria do tempo - faço-os sem pensar, entretanto, me recomponho, junto meus cacos e volto a seguir a vida de um modo que eu não venha a cometer os mesmos erros outra vez. Contudo, essa explosão, essa confusão de sentimentos vem à tona, me deixando sem escapatoria, me mostrando o caminho certo e a liberdade. Aprendemos na vida que ninguém é de ninguém, então, não tenho o direito de prendê-lo por mais que isso doa até na alma.
É impressionante o percurso de algumas pessoas em nossas vidas, umas não tão importantes assim, porém outras são tanto que nos deixam marcadas pelo resto da vida. Como se tivessem deixado um carimbo em cada parte do seu corpo, da sua alma. Confesso que prefiro me camuflar perante à esse pensamento, me acovardo demais. Tenho uma aparência corajosa, mas tenho medo de muitas coisas. Uma delas é de optar pelo errado, fazer o que não era para ser feito. Isso traz uma sonoridade aguda, daquelas bem estridentes, da qual me torna submissa, sem escolha. Apenas obedecendo à sinfonia, dando lógica à sincronia, trazendo a melodia dramática do momento. A insegurança não é bem o destino a seguir e sim tentar ser relutante aos conflitos que a vida nos traz... porém, quem diz que eu consigo quebrar esse paradigma?
Ah! Como ele é bom para mim. Consegue resgatar os sorrisos perdidos da minha alma para meu rosto, consegue me deixar plena espiritualmente e psicologicamente, além de me deixar sentir bonita, de me achar bela como ninguém. A rosa mais bela da roseira. Seria bom se tudo que pudéssemos fazer na vida fossem guardadas à uma máquina do tempo competente, onde eu voltaria sempre ao momento em que nos conhecemos, só para vivenciar a beleza e a plenitude de prazer outra vez, outra vez e outra vez... E se caso eu sentisse saudade, pudésse voltar ao tempo em que me via deitada em seus braços ouvindo às canções daquele cenário, sentindo sua ingenuidade consumir aquele momento, cujo só havia amor puro, sem malícia.
São estranhos esses acasos da vida. Hoje ele está com você, amanhã não mais. E os momentos vão se tornando cada vez mais peças extremamente valiosas de algum museu qualquer, para que possamos lembrar deles quando quisermos de uma maneira menos impactante, sem evitar a saudade. Ele sempre me fez ver o amanhecer, como uma perfeita cor melódica de ternura. É uma sinestesia de emoção.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

balada de amor

Era uma noite fria. A janela do nosso quarto estava escancarada trazendo o vento para nós, fazendo com que as cortinas esvoaçavam-se entre o vento solene que nos acalmava naquela cama quadrada, como uma doce balada. Tuas pernas eram incendiadas pelos lençóis frescos e brancos como um véu da mais linda noiva, tua perna de pele morena ficava a mostra, deixando-me embriagado mais ainda naquele momento. Via-te dormindo como uma donzela, as vezes ensaiava te dar beijos suaves em teu pescoço de pele macia. Tu, era a imagem perfeita da mulher mais perfeita, jeito de miss só que com traços selvagens que deixavam-te mais esplendorosa. Era notável teu corpo nu ser comparado a viola mais expressiva, com notas do-ré-mi-fá-sol-lá-si, trazendo melodia para minha vida, musicalidade para nosso prazer. Noites de amor, quero-te. Quero ouvir-te balbuciar em meu ouvido palavras de conforto, versos livres de amor, mostrando-te satisfeita. Era perfeito como gritavas frenéticamente onomatopéias a todo instante. Ah! doce prazer, deste quero provar sempre, como um beija-flor prova sempre do mel da mais bela e doce flor.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

clara

Havia jardins, havia manhãs naquele tempo.
Clara era como uma sereia impactante diante de um ser curioso. Clara como seu nome, causava mistérios por onde passava. Lá vai ela mais uma vez, caminhando suave, parecia que estava nas nuvens. Serena como o sereno das noites, ela clareava o dia de qualquer um com seu sorriso estonteante. Do amor entendia pouco, preferia deixar esse assunto sob versos de melancolia que escrevera em suas folhas perfumadas dentro de sua escrivaninha no quarto. Sobre a vida, ah! A vida. Clara admitia muitas coisas, menos ver a tristeza de um próximo, menos a vontade pequena de viver. Cultivava sementes de ouro e pretendia colhe-lás no futuro para montar um tesouro, um tesouro que só ela teria a chave, mais ninguém. Amante de Carlos Drummond de Andrade, o lia todas as noites. Conhecia de literatura como ninguém.
Fazia sua vida através de sonetos ricos, versos livres. Assim conquistava sua liberdade. Clara como a neve. Da luz, vinha ela: Clara.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

carta

É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto.

Caio Fernando Abreu.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

confissões de uma noite silenciosa

05:44 p.m.
Acordada, sem esperanças. Madrugando mais um dia em buscas de respostas, de algo que a faça completamente bem. Esse bem está vazio. Não há nada que possa completar essa lacuna. Pensando bem, existe só uma pessoa. Uma pessoa que ainda é distante em sua vida, poucos contatos, porém, dos poucos a fez sorrir como uma criança, resgatando o amor que ainda existia em seu coração, restaurando-o e fazendo-a sentir aquela única sensação.


Não há explicações para isso tudo, afinal, sentimento não se explica... muito menos um sentimento que ainda não foi completamente digerido, correspondido.
Rosie insiste em saber do por quê. Teria o cupido aprontado com ela mais uma vez? Ela só quer o poder de tê-lo só para ela. Ela não liga se for por alguns minutos, ou por alguns míseros segundos. Ela só quer tê-lo. Não importa se for diante de uma tela de computador ou se for pessoalmente. Ela só quer tê-lo mais uma vez, já que de uns dias para cá, a rosa de Rosie desabrochou e ao mesmo tempo brochou. É tão triste vê-la assim.


Estou aqui observando-a, mas, Rosie não demonstra sentimento. É fria. Em uma noite fria de São Paulo, Rosie consegue ser mais fria ainda. Mulher de olhos oblíquos, quase uma índia, porém mais branca. Cativa, mas complica. Como todas as mulheres do mundo. Não a culpo, ela é ingênua, tem um coração do tamanho de um bonde. Além dessa frieza em pessoa, existe outro contratempo, seu extremo orgulho. Infelizmente eu sei que este é o grande vilão da história, Rosie não sabe lutar contra ele. Esse orgulho é capaz de acabar com a vida dela assim como já acabou de outras vezes.


Vamos deixar Rosie de lado, quero saber dele. Sortudo, talvez. Um talvez meio que puxando para o sim, pois ter o amor de Rosie assim tão fácil sem ter feito nada é como ganhar na loteria - dedicada e fiel - Seria um amor a primeira vista? Se é que isso existe. Ele deve ser um pouco marrento também. Não o conheço, ela o conhece muito menos, nem ao menos o viu! Deve ser difícil de lidar. Orgulho? Pode ser o grande vilão dele também. Tem olhares fortes, é daquele tipo de homem que diz tudo em apenas um olhar. Seu talento? Hum. É reconhecível, mas pode fazer melhor... talvez esteja buscando uma inspiração. Rosie seria um prato cheio.


Agora sobre mim. Não há nada para saber sobre mim, simplesmente que, adoro saber da vida dos outros - vide Rosie - sei quase tudo sobre ela. Dizem que ela é estranha, tímida, mas que quando a coisa pega, ela vira bicho. Eu hein! Imagine Rosie na TPM, ainda bem que eu me ausento durante uns dias para deixá-la em paz. Voltando ao que interessa, ela é misteriosa e isso me excita. Mulheres misteriosas despertam o prazer de qualquer pessoa. Falta despertar de uma só. Quem sabe já tenha despertado e Rosie ainda não tenha aberto os olhos?


Ela continua parada em sua cama, quebrando a cabeça de tanto pensar, às vezes a pego numa indecisão danada, buscando todas as respostas de suas perguntas nas músicas que ouve. E ele? Será que fica do mesmo jeito? Rosie disse que não quer se preocupar, acha cedo e precipitado. - acabei de ouví-la - porém aquele sentimento de curiosidade fica cada vez mais aguçado nessas situações, aquele sentimento de: O que será que ele deve estar pensando? Fica cada vez mais apurado, você tenta e tenta e tenta farejar todas as pistas que podem chegar na resposta e não encontra nada, apenas uma barreira bem grande, gigantesca, que você não é capaz de escalar.


Ele? Bom. Eu não sei, eu só acompanho Rosie, sigo todos os passos dela. Enquanto eu não descubro nada e ela muito menos, Rosie ficará na mesma situação. Não há para onde correr, ela está em uma enrascada! Não se pode correr de uma coisa que está crescendo dentro de você. Se eu pudesse falar com Rosie, eu sopraria em seus ouvidos cantos de sossego, do tipo: o que tiver que ser será! Sussurraria palavras de apoio e de aconchego. Rosie vai ser para sempre a menina ingênua do coração de um tamanho de um bonde, vai continuar caminhando para o horizonte do qual, nunca tem um fim, descobrindo o que a vida lhe trará. Os dias vão passando, Rosie terá de ficar quieta, sua rosa desabrochará de novo. O grande dia vai chegar.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

capítulo xiv / a inscrição

Tudo o que contei no fim do outro Capítulo foi obra de um instante. O que se lhe seguiu foi ainda mais rápido. Dei um pulo, e antes que ela raspasse o muro, li estes dous nomes, abertos ao prego, e sim dispostos:

BENTO
CAPITOLINA

Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu-os logo, devagar, e ficamos a olhar um para o outro… Confissão de crianças, tu valias bem duas ou três páginas, mas quero ser poupado. Em verdade, não falamos nada; o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. Não marquei a hora exata daquele gesto. Devia tê-la marcado; sinto a falta de uma nota escrita naquela mesma noite, e que eu poria aqui com os erros de ortografia que trouxesse, mas não traria nenhum, tal era a diferença entre o estudante e o adolescente. Conhecia as regras do escrever, sem suspeitar as do amar; tinha orgias de latim e era virgem de mulheres.
Não soltamos as mãos, nem elas se deixaram cair de cansadas ou de esquecidas. Os olhos fitavam-se e desfitavam-se, e depois de vagarem ao perto, tornavam a meter-se uns pelos outros… Padre futuro, estava assim diante dela como de um altar, sendo uma das faces a Epístola e a outra o Evangelho. A boca podia ser o cálix, os lábios a patena. Faltava dizer a missa nova, por um latim que ninguém aprende e é a língua católica dos homens. Não me tenhas por sacrilégio, leitora minha devota a limpeza da intenção lava o que puder haver menos curial no estilo. Estávamos ali com o céu em nossas mãos, unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mm uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer cousas infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham…


DOM CASMURRO, Machado de Assis.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

boneca de pano

E ela continuava recolhendo suas antigas fotos do armário empoeirado que há tempo não se abria. Em um momento, se perdia em nostalgia, logo voltava em si, lembrando que havia deixado a panela de sopa esquentando no fogão. Queria desvincilhar-se das fotos porém, estas, lhe prendiam. Algumas lágrimas escorrigam diante as fotos, apagando a poeira e inundando-as de lágrimas de saudade.
Nuances de cinza assombravam o exterior de sua mansão abandonada, lembrava do tempo em que a primavera coloria seu quintal, naquele momento não mais. Os únicos registros que restaram foram as fotografias. Sentia-se revivendo todos os momentos, ela foi a única que restou em seu mundinho. Voltando aos seus afazeres, revirou e revirou um baú também empoeirado, deu a vista em sua boneca de pano que sua mãe fizera quando criança. Não hesitou em abraçá-la, nem pensou se aquela boneca estaria sendo devorada por bichos estranhos, tampouco, lembrou de sua alergia à poeira, apenas a abraçou. Naquele instante, as folhas caídas do outono passado começaram a se envolver de uma forma inexplicável, o vento era tão forte que as janelas de seu casarão batiam em alta velocidade. Os passáros lutavam contra o vento, mas eram derrotados. As poucas rosas de sua coleção no jardim, desabrocharam rapidamente, só deixando vastos de folhas e galhos de árvores, enquanto ela ficava ali, quieta, abraçando sua amável boneca de pano. Abriu os olhos por um momento e daquela paisagem feia e triste, um novo cenário totalmente diferente apareceu diante de seus olhos. Era sua imagem de quando criança, brincando nos cantos daquele jardim e lembrando de sua mãe na janela chamando-a para tomar o chá da tarde. Daquela boneca que estava um trapo, era remendada por lembranças. A saudade tem o poder de encontrar com passado. Em um minuto, todo aquele cenário desaparecera, sua vida voltara como antes. Limpou suas lágrimas com o avental sujo como uma dona de casa e tratou de arrumar todas as tralhas que havia restaurado. Logo, partiu para sua rotina, a panela de sopa estava à sua espera.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

la valeur d'une action

EARTH HOUR

"Le projet écrit par Serge Orru, directeur de WWF-France, nous fait penser. Moi, je suis d'accord à faire quelque chose pour l'environnement mais cette idée de vivre l'Earth Hour et éteindre les lumières pendant 60 minutes est une action inefficace. Il y a des gens qui n'aiment pas l'idée de rester de 20h30 à 21h30 sans lumière et surtout, ce n'est pas l'utilisation des lumières le pròbleme principal, il y a d'autre choses à faire, comme recicler des ordures domestiques et reduire les émissions de CO2 pour améliorer la pollution. C'est vrai qu'on utilise trop la lumière, mais faire seulement cela pour l'environnement, ce n'est pas suffisant. Le monde a besoin de plus."

MICHELITO, UN ENFANT DANS L'ARÈNE

"Michelito, un enfant de seulement 10 ans qui a déjà une profession d'adultes. C'est polémique et à mon avis, la corrida est un "sport" très agressif pour tous les âges. Je pense que voir un enfant qui est ravi de raconter combien de taureaux qu'il a déjà tué est inacceptable. On peut penser sur un appui de la part de ses parents pour peut-être gagner du argent avec sa présentation. C'est triste voir un enfant avec cette passion, c'est une chose contraire à mes principes. Ce n'est pas ma culture et pour cela, c'est très compliqué pour accepter cette situation d'autant plus qu'il s'agit d'un enfant."

quarta-feira, 15 de junho de 2011

let it be e o marlboro

Ela caminhava durante o corredor de sua casa, observava lentamente os detalhes que lhe incomodava. Não tinha nada para satisfazê-la, deste modo, procurava defeitos em tudo para arranjar distração e esquecer daquilo que lhe tomava por dentro. Nas horas livres - eram sempre livres - tocava seu violão, Let it Be era seu hino e Marlboro, seu vício. Dividia noites, contava sobre seu dia diante de uma garrafa de whiskey. Encontrava-se sozinha e, naquela situação, lembrava de sua vida pacata que não andava nem para frente nem para atrás, havia estacionado... só se enxergava em repouso, como uma resultante nula. De vez em quando procurava fazer coisas diferentes, mas ao cair-se fundo em suas reflexões e perceber a tamanha complexidade que sua vida havia se tornado, voltava à estaca zero, muitas vezes incendiada pelo fogo de seu ódio e rancor que sentia daquela situação. Era notável o grau em que aquela moça se encontrava. Sentava em sua cama e de lá só saía para buscar mais garrafas e maços de Marlboro, lia romances policiais e imaginava quando seria o dia em que o herói, fruto de imaginações lhe salvaria daquele rebuliço, daquela escuridão que a impedia de sair daquela casa, daquele quarto. Eram só os livros que tinham o poder de arrancar um sorriso desta moça, um sorriso esperançoso, como uma parábola gigante. Ela caminhava durante o corredor de sua casa, desta vez, esperando esse dia chegar, enquanto não vinha, ela se encontrava ali... misteriosamente vazia, sem solução e rumo. Era uma rosa cheia de cravos, mas cravos que faziam com que suas pétalas dissolvessem cada dia mais, cada vez mais rápido, torturando-a todo santo dia.

domingo, 5 de junho de 2011

sem lágrimas

05:00 a.m

Ela não conseguia dormir. Recordações à tona em sua cabeça, momentos nostálgicos lhe pegam e lágrimas escorrem pelo seu rosto como se fossem cravos, ardendo seu rosto e deixando cicatrizes. Sentava em sua cama, olhava o nada. Desesperadamente, arrancava da gaveta seu diário onde lá encontravam-se confissões, segredos, sonhos e momentos inesquecíveis. De lá guardava sorrisos, suspiros, amarguras e ódio. Era uma mistura de sentimentos, um ecstasy constante. Pegou seu lápis, já quase sem ponta de tantos rabiscos e rascunhos. Aproveitou-se do momento para esbanjar-lhe o sentimento em um verso de poema, como se fosse uma droga para aliviar-se da dor.

"Vento. Oh! vento, leve minha tristeza para longe.
Do horizonte ao infinito, quero estar livre
Livre do borrão cinza que me cerca, dessa nuvem escura
Que me desperta o ódio e o desprezo.
Oh! Vento. Leve minha tristeza para longe
Seque minhas lágrimas e me mostre o arco íris.
Não mais olhos vermelhos. No more tears."
10:00 a.m

Acordou com o sol expandindo em sua janela. Quarto iluminado, parecia melhor. Acreditava que o vão que deixou na janela, trouxe o vento que tanto pediu. Levou suas amarguras, levou suas tristezas, encaixando no lugar o sorriso que há tempo não mostrava. Devagar se levantou, caminhou cuidadosamente até a janela. Olhava para o horizonte e via um sol laranja, daqueles que ardiam os olhos. Sorria levemente, ia se recompondo aos poucos. Do pó que estava virando, em um passe de mágica sentia que suas peças foram voltando e se colando de parte em parte. Seu diário em cima da cama, aberto no verso que horas antes acabara de fazer. Do pouco que escreveu, acreditou que diferença lhe fez e que o vento lhe visitou dessa vez.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

carnet de voyage

Bienvenus(es) à Paris ! Ici, je vous montrerai un peu de Paris et de mon voyage, les points touristiques que j'ai visités. De cette manière, quand vous voulez connaître Paris, vous ne serez pas perdu(e) !

D'abord, une liste ci-dessous avec tous les points visités: La tour Eiffel, Musée du Louvre, Musée D'Orsay, Jardin du Luxembourg, Champs Elysées, L'arc du Triomphe, La Seine avec le Bateau Mouche, Cathédrale Notre Dame, La basilique du Sacré Cœur de Montmartre.

La tour Eiffel
Je l'ai montée deux fois. Une fois la nuit et une autre fois pendant la matinée. Je préfère la nuit, parce que l'image est formidable, la tour Eiffel est capable de vous émouvoir, elle est recommandable pour les couples romantiques qui veulent voir un beau paisage. Très connue part tout le monde, vous pouvez y rencontrer assez de gens de plusieurs pays du monde. Mais, une remarque: N'oubliez pas le manteau ! Dans les sommets de la tour Eiffel vous sentez très le froid et beaucoup de vent. Pour finir, la tour Eiffel est un programme génial pour faire et vous devez la connaître.

Musée du LouvreLe musée du Louvre est très grand et il a une paysage impeccable avec beaucoup de details. Quand vous y entrez, vous deviendrez fous(folle) parce que c'est immense avec beaucoup de sculptures, peintures et tout sur l'art. À mon avis, le musée du Louvre est très interessant pour qui s'intéresse pour les beaux-arts. Si vous êtes un amant de l'art, vous serez en place ! Là-bas, vous pourrez connaître la peinture très connue par tout le monde : La Joconde.

Musée d'OrsayLe musée d'Orsay est aussi très bon à connaître, mais ainsi comme le musée du Louvre, vous devez aimer les beaux-arts. Moi, particulièrement, je n'aime pas. C'est une place avec beaucoup de culture et d'histoire. Vous y trouverez des peintures et sculptures, principalement, les peintures de Claude Monet.

Jardin du LuxembourgMoi, j'ai aimé connaître le jardin. Je me suis sentie tranquile. Il est capable de faire diminuer la tension du voyage. La paysage est formidable ! Il y a des gens qui font de la lecture silencieuse, des études et autres, pour s'amuser et bavarder avec les amis. Là-bas, vous rencontrerez beaucoup de fleurs, nature et arbres dans tout le jardin. Une place parfaite pour qui veut relâcher pendant le voyage.

Champs Elysées et L'arc du TriompheL'avenue Champs Elysées est un paradis pour qui aime les achats. C'est une place de commerce où il y a des boutiques, magasins etc. Vous pourrez y faire des achats pour acheter des cadeaux à quelqu'un ou pour vous. En plus, l'avenue Champs Elysées est près de l'Arc du Triomphe, alors, ce sont deux points touristiques en même temps.
La Seine avec le Bateau MoucheVous ne pouvez pas laisser de connaître la Seine avec le Bateau Mouche. Vous faites le trajet du fleuve et connaissez toute la ville de Paris. Vous passez par les points touristiques comme: la tour Eiifel, la Cathédrale de Notre Dame, le pont Ile de la Cité, le musée d'Orsay, etc. C'est un voyage idéal pour les amoureux.
Cathédrale Notre DameLa cathédrale Notre Dame est l'une des plus remarquables qu'ait produit l'architecture gothique en France et en Europe. Je l'ai tellement aimé, elle est élégante et démontre une place tranquille et douce. Si vous voulez la connaître, je suggère que vous entrez et voyez l'architecture inférieure. Pour quelqu'un qui aime la religion, qui aime voir des cathédrales avec son architecture et histoire, c'est une place recommandable.

La basilique du Sacre
Cœur
La basilique du Sacré-
Cœur est le symbole de Montmartre. Tout le monde veut la connaître, il y a beaucoup de religieux qui y vont pour faire des prières. C'est le second monument de France le plus visité. Quand j'ai voyagé, je ne pouvais pas entrer, mais il y avait une "fête du vin" où je me suis tombée sur plusieurs tentes avec du vin de tous les types, aussi, il y avait un bal masqué. Très intéressant ! Je n'ai jamais pensé connaître tous ces details en même temps. Je recommande la visiter, l'architecture est très riche.

grand pays, grandes intentions


"C'est clair l'ntention des États-Unis sur ce mort. Le président Barack Obama a demontré une réaction indifferénte, avec le contrôle de la situation, ça nous fait penser que cet épisode aurait pu planifié par le gouvernemment avec une intention économique ou politique qui peut apporter des avantages pour les américains. Tout le monde connaît l'inimitié entre les États-Unis et l'Afeghanistan à cause de l'ataque terroriste du 11 septembre 2001. Cette tragédie a choqué tout le monde, mais personne n'avait imaginé la mort rapide de Ben Laden après quelques annèes en cachette. C'est pour ça que cette question peut s'approfondir et devenir un grand problème aux États-Unis, on peut imaginer une autre guerre et peut-être, plus grande que le 11 septembre qu'on n'a jamais oublié."



Travail de français. Réagir. Mort de Ben Laden, fígaro.fr 2011.


"É clara a intenção dos Estados Unidos sobre essa morte. O presidente Barack Obama demonstrou uma reação indiferente, sem surpresa, como se tivesse o controle da situação, isso nos faz pensar que esse episódio já teria sido planejado pelo governo com uma intenção econômica ou política que pode trazer vantagens para os americanos. Todo mundo conhece a inimizade entre os EUA e Afeganistão devido ao ataque terrorista 11 de setembro. Essa tragédia chocou todo mundo mas ninguém imaginou uma morte tão rápida de Bin Laden depois de vários anos escondido. É por isso que essa questão pode se aprofundar e se tornar um grande problema para os EUA. Nós podemos imaginar uma outra guerra e talvez, bem maior que o 11 de setembro, do qual nunca esquecemos."


quarta-feira, 30 de março de 2011

em uma mesa de bar

Noites e noites, na mesma mesa de bar, mais precisamente, naquela mesa de bar. Ouvia Stones, gozando do bom rock n' roll que era oferecido pelo local. Garrafa de cerveja sempre na mão, às vezes abusando de uma vodca ou whisky das quais não saia tão cedo de lá, intercalando com jogos de sinuca. E ela me empurrava para mais, para mais perto. Me deixava fascinada aquele ambiente ao mesmo tempo sujo e ao mesmo tempo alegre, que me afogava às mágoas. Via pessoas todas as noites, madrugando, saindo carregadas e sem força. Pensava do por quê estarem fazendo isso, pessoas têm constantes problemas, e eu tinha os meus cujo os afogava em minha garrafa de Jack Daniels.
De vez em quando uma dose não surgia efeito, precisava de mais e de mais e de mais. De vez em quando o demais era o suficientemente para me deixar morta, sem moral, sem uma âncora para me salvar daquele mar de pessoas sendo afogadas junto de mim. Literalmente, quebrada, roupas rasgadas, como se fosse uma moradora da rua mais podre e mais escura que existe. Era assim que voltava todas às manhãs para casa, sem nem lembrar o caminho, sem nem lembrar quem eu era, o porque de estar ali.
Ressaca brava pelo resto do dia, minha vida seguia desse jeito, não havia mais retorno, estava me rendendo aos poucos em meus problemas. Não tinha cara para enfrentá-los, eles riam maleficamente até me ver em pedaços.
Como se não houvesse tristeza, a minha única alegria era meu rock n' roll, minha guitarra, minhas partituras e composições... sem esquecer, da garrafa (sem se importar com o tipo), porém, quando eu não doava meu tempo para isso, doava para meus problemas, eles não paravam de rondar minha cabeça, meu subconsciente, já estava enlouquecendo.
Eram exatamente 22h30 hora de pegar a bolsa e ir a caminho do bar, meu velho amigo, o único com quem posso desabafar por muito tempo, o único que me escuta e me compreende. O único. Eu me rendo.

quinta-feira, 17 de março de 2011

show de máscaras

Abre-te Sézamo - "ABRAM AS CORTINAS!" - O espetáculo está para começar. Está prestes a embarcar em uma viagem, do palco para a imaginação, aos olhares.

Diante de máscaras incógnitas, diante à olhares sem perspectiva e sem direção - O que será isso? Um show de máscaras? - Da tristeza, um sorriso, do sorriso, a indiferença. O tédio.
Se houver mais de uma expressão, é dúvida. Sinto-lhe informar mas, essas máscaras representam vida, representam o que quero tentar expressar nesse espetáculo. Do obscuro da máscara triste, ela segue sem caminho, tem um foco, mas não tem a chama. A chama que entorpece qualquer alma, que a deixa quente como uma estação de verão. A mesma, que nos dá o livre arbítrio de nos dizer o que fazer, de nos mostrar o que fazer. A máscara segue com a chama apagada, que não se acende nem com meia dúzia de palitos de fósforo e nem se jorrar álcool nela inteira. Seria impossível reacendê-la? Pode ser que sim, mas enquanto não descobre, a máscara triste continua seguindo sua vida entre trancos e barrancos, uma vida normal, sarcástica.
Deixando a tristeza de lado, em certos momentos, nos damos a impressão de ver um pontinho no fundo do palco bem brilhante. O que seria isso? - olhares hipnotizantes, que tem sede de descobrir o mistério. - BOOOW! Barulhos no espetáculo. É a máscara alegre aparecendo feliz e saltitante, deixando o espetáculo divertido, claro e alegre. É impressionante o poder desta para com os notórios. Pena que ela desaparece num passe de mágica. Exigente, parece uma condessa... Essa máscara é fina, daquelas que sabe divertir, porém tem limite. O limite é pouco, podemos dizer que quase inotável. A máscara segue em frente, desaparecendo como um pó e de repente entra numa fúria... Seria aquela triste. No mínimo a assassinou. - tristeza não quer a felicidade por perto. - A mesma máscara abocanhou tão rapidamente a alegre, que o pouco da mesma, se evaporou. É uma comilona mesmo, não deixou nem um restinho. A máscara triste consumiu-se toda e se alimentou do pouco da felicidade. E agora? O que fazer? - olhos de dúvidas, vejo pessoas olhando umas as outras. - Apagam-se as luzes, o espetáculo é invadido pela escuridão. Desta, não se acendeu nunca mais.


Fecha-te Sézamo - "FECHAM-SE AS CORTINAS!" - O espetáculo chegou ao fim, sem direito a bis!

domingo, 13 de março de 2011

rain


Chuva. Como descrevê-la? Fenômenos da natureza inexplicáveis. Este consiste em gotas d'água caindo sob as ruas vazias e escuras, de certa forma, nos traz um contraste obscuro e desgastante. Contudo, triste. Bem que nos faz cair por ela em pleno temporal, lavando nossas almas, nos deixando limpos por dentro. Mal que nos faz, essas gotas, às vezes calmas e delicadas, como às vezes, fortes e malcriadas. Levo com ela todas as minhas tristezas, nos renova, nos devolve a bendita alma que insiste em fugir do nosso corpo. É odiada, também amada. Só ela tem o poder de apagar o fogo, de apagar chamas que, na maioria, são fatais.
De gota em gota, uma lágrima, uma história. Lágrima que certas vezes é motivo da mesma, lágrima que certas vezes, é motivo de alegria e renascimento. Dou um punhado de minhas amadas coisas em troca de uma aposta, creio eu, que não exista algum ser no mundo que não se encante com o barulho que esta nos traz. É como se fosse uma massagem para nossos ouvidos, nos relaxa. Tranquilo fiquemos, pois ela está só doando um pouco de si para os que tem sede. Para a natureza que pede e que dela faz uma fonte de cura, onde não exista mais secura. Me envolvo no escuro da noite procurando caminhos, onde não existe medo, onde tempestades e raios se formam como uma mitologia, daquelas mais sagradas, mais sábias e mais mágicas que existe. Bem que dizem que se Deus manda a chuva, é para todos nós nos molharmos.
Ao som de trovões, constantemente assustadores, venho de forma que, estes nos traga um dia melhor, uma tarde sem desgostos e que renove nossa terra. Aclamai a Poseidon, deus da água.

sexta-feira, 4 de março de 2011

acasos da vida

Não percebo o tempo, só sei que ele passa e passa rápido. Quando eu menos espero, ele correu mais rápido que eu. Vejo que não aproveitei cada segundo que deveria, digamos que se fosse para eu morrer agora, teria vivido uma vida insensata e irrefletida. Continuo calculando cada passo que dou, as vezes calculo errado - como sempre, pois ainda sou inepta neste assunto - como as vezes calculo certo. O errado serve de lição, é uma consequência, no final você acaba aprendendo pelos seus atos, pelos seus erros. Sei que quando eu me olhar no espelho daqui uns anos, verei através dos meus olhos uma clareza incomparável, sinceridade e maturidade por lembrar que segui certos caminhos, por lembrar que renasci quando menos esperei, por lembrar que de mim, guardo experiências nas quais passarei adiante. A vida é uma coisa engraçada mesmo, lhe pega desprevenida. É capaz de lhe trazer fatos fatídicos e até mesmo, capaz de lhe trazer momentos relevantes e significativos, que você para e pensa e percebe que vivenciou das mais perfeitas sensações e sentimentos possíveis! É uma explosão de tanta coisa ao mesmo tempo.
Há um tempo atrás - isso pareceu ontem, o tempo continua correndo - lembro-me de quando planejava fins a minha vida, olhando por uma outra perspectiva atual e com mais maturidade, noto que todo esse planejamento foi em vão e que minha vida trouxe outros acasos para mim, outro caminho e direção. Sinto-me em uma montanha russa, daquelas bem estreitas, das mais ferozes e repugnantes possíveis, em que num momento estou no auge e em outro momento estou virando de ponta cabeça, prestes a mudar de opnião e de emoção em fração de segundos, caindo pelos ares e pelas ferragens da montanha russa, que me espera para que de novo, eu volte a subir com sucesso. Isso é realmente enjoativo e digamos, complexo. Não estou acostumada com certas direções que o destino me dá, apenas gostaria de fazer o que eu bem entendesse, porém, é o que dizem... o que os grandes sábios, doutores em experiência e virtude dizem: C'est la vie. Devemos abraçá-la para que esta, não lute contra nós mesmos. Caso isto aconteça, sinto lhe informar mas, não conseguirá desfrutar das mais belas coisas que a vida lhe oferece e não desfrutará dos sentimentos surreais que ela pode lhe trazer.
O tempo continua correndo, mas não tente ser mais do que ele, apenas saiba administrá-lo, aproveitando e gozando do que há de melhor nessa vida de todas as formas possíveis. Uma coisa que aprendi nessas poucas experiências que tive, foi que não devo planejar o futuro, somente saber o que quer dele e tentar realizá-lo. E também, agir com mais firmeza, fazer da minha vida, um quadro de Monet - suave, impressionista e instantânea. - A vida lhe trará oportunidades, os caminhos vão se abrir com facilidade. A saudade? Ela é inevitável. Você vai descobrir depois de um tempo, porém, só vai senti-lá se aproveitar e fazer da mesma, como se fosse uma joia rara e preciosa.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

a rosa

Exala deste perfume o aroma mais poderoso;
Que dele ressalta a paixão ardente
Abrindo novos horizontes, novos arco-íris
Para que para mim, continue sendo o aroma mais encantador.

Exala deste perfume o desejo e a vontade de ser melhor;
Bem me quer... te quero bem... como nunca desejei alguém;
Traga-me de volta novas cores, o poder da magenta
Quero esbravejar-me entre suas pétalas;
Sentindo seu perfume renascendo como uma rosa púrpura;
A cada vez que toco em seus cravos e espinhos.

Desta rosa cultivo eu, não a deixarei morrer tampouco deixarei seca;
Rego-a com minha tinta mágica, deixando-a cada vez mais linda e vermelha;
Abrindo suas pétalas como se fossem pérolas;
Delicadas e preciosas;
Cultivando-as com paixão, incendiando-as com desejo.

Desta rosa não me livro tão cedo;
Desta rosa não me esquecerei do perfume suave e lúgubre;
Perfume que me traz conforto e me leva para longe;
Podera eu ter ramos e ramos de rosas...
Porém só uma me encanta;
Essa rosa... na qual entrego-me ardentemente de corpo e alma;
Decifrando seu perfume e deixando-me embriagado de amor.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

frustração: sentimento que corrói

Quando se almeja tanto uma coisa, você acaba doando tudo de fé que existe dentro de si. Confiante ou não confiante, você acaba esperando dias, horas... talvez roendo as unhas, de outras maneiras, comendo chocolates, ou então... ficando inquieto. A ansiedade chega ser o primeiro nome disso tudo, porém, sempre bate aquele sentimento apertado lá no fundo do peito, a insegurança. Queria poder estar escrevendo esse texto não com esse intuito e sim outro. Acontece que escrevo relatando meus momentos, talvez tristes outros felizes... e outros, indiferentes. Hoje, foi um dia importante. Dependia desse resultado para saber o que fazer da vida. Pois então, este traçou pra mim uma nova direção na minha vida. Eu estava apenas esperando esse mesmo resultado para saber o que o destino me reservará futuramente. Ironia do mesmo, é pensar que um dia eu acreditei nisso tudo, é pensar que me esforçei e me dediquei com sede e garra como qualquer outra pessoa se dedicaria. Alguns me dizem: "é a vida" e "bola para frente", mas ninguém sabe realmente o que está dentro de mim, o sentimento que permanece em chamas dentro de mim, me queimando mais que uma lenha sendo colocada para aquecer o próximo naquele inverno de doer os ossos. Pena que essa chama dentro de mim, não é para com um sentimento alegre, esvoaçante, que te faz delirar sob uma luz que é capaz de te levar ao paraíso, mas sim, para com um sentimento negro, infinito (pois parece que nunca irá acabar), incontrolável e endoidecedor. Aquele sentimento que te faz chorar como uma criança e que te faz relembrar o quanto você deu de si. Um sentimento corrosivo, que destrói e te incendeia ardentemente aos poucos e que em cada segundo uma parte do meu corpo estará virando pó. Alguns me dizem: "esse sentimento é normal" e "relaxa, isso passa!". Será que passa mesmo? Será que a dor na qual sinto no momento passará num passe de mágica? Se nós agarrármos com força o que nós queremos, não há diabo que tire de você, porém, se fraquejar e deixar esse sentimento te corroer aos poucos, o que eu, o que você tanto almeja se desprenderá entre seus dedos e quando ao menos você esperar, estará sem o que te move. Assemelho-me como uma vela que acaba de ser acesa, o sentimento permanece vivo durante um tempo, mas se apagará de alguma forma. Há sempre uma segunda chance, há sempre um jeito de recomeçar e de errar menos e continuar aprendendo mais, só não deixe que a frustração apague sua fé. Se acontecer isso, você estará completamente sujeito a abaixar a cabeça para qualquer obstáculo e dizer: "Eu não lutei. Eu não fui capaz de correr atrás do meu desejo". E aí sim, será eternamente um fracassado e consequentemente, apagado. Virará um pó do qual, qualquer um poderá assoprar e fazer com que você desapareça.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

amor inconsciente

Talvez agora eu te olhe com olhos de pena... sendo que antes, eu te olhava com olhos de paixão e ternura. Triste é saber que não hesitou em me procurar para aliviar meu desgoto ao descobrir seu lado ousado e malicioso perante aos outros. Talvez agora eu te trate com indiferença mesmo que ainda eu não tenha te apagado completamente de minha alma. Se o gênio da lâmpada existisse só faria um pedido: te tirar de minha mente vazia da qual se ocupa somente de ti. Conheço seus passos e sei de todos os seus planos... não há outra pessoa que possa ocupar meu lugar. Este lugar que eu tanto cuidei e tanto dei de mim mas que já não é mais meu e sim de outra, pois sei que não consegue ficar sozinho e muito menos com uma única pessoa. Não consegue dividir sua atenção para a mesma, precisa estar cercado de várias. Infelizmente fiz parte dessa coleção, felizmente consegui abrir meus olhos. Estou plena e libertada, finalmente pude me dar conta do quão tolo você foi e que de mim, não provará mais. Sou feita de desafios, tenho meus riscos e os arrisco mas no final saio sã enquanto você, continuará com essa vida medíocre sem ao menos ter a chance de alguém te fazer feliz completamente, como eu pude, mas você ousou em prendê-la em suas mãos fazendo com que, aos poucos, toda essa felicidade, desapareça entre seus dedos como se fosse uma areia seca do deserto, cujo vento levará... e levou, embora.