E ela continuava recolhendo suas antigas fotos do armário empoeirado que há tempo não se abria. Em um momento, se perdia em nostalgia, logo voltava em si, lembrando que havia deixado a panela de sopa esquentando no fogão. Queria desvincilhar-se das fotos porém, estas, lhe prendiam. Algumas lágrimas escorrigam diante as fotos, apagando a poeira e inundando-as de lágrimas de saudade.
Nuances de cinza assombravam o exterior de sua mansão abandonada, lembrava do tempo em que a primavera coloria seu quintal, naquele momento não mais. Os únicos registros que restaram foram as fotografias. Sentia-se revivendo todos os momentos, ela foi a única que restou em seu mundinho. Voltando aos seus afazeres, revirou e revirou um baú também empoeirado, deu a vista em sua boneca de pano que sua mãe fizera quando criança. Não hesitou em abraçá-la, nem pensou se aquela boneca estaria sendo devorada por bichos estranhos, tampouco, lembrou de sua alergia à poeira, apenas a abraçou. Naquele instante, as folhas caídas do outono passado começaram a se envolver de uma forma inexplicável, o vento era tão forte que as janelas de seu casarão batiam em alta velocidade. Os passáros lutavam contra o vento, mas eram derrotados. As poucas rosas de sua coleção no jardim, desabrocharam rapidamente, só deixando vastos de folhas e galhos de árvores, enquanto ela ficava ali, quieta, abraçando sua amável boneca de pano. Abriu os olhos por um momento e daquela paisagem feia e triste, um novo cenário totalmente diferente apareceu diante de seus olhos. Era sua imagem de quando criança, brincando nos cantos daquele jardim e lembrando de sua mãe na janela chamando-a para tomar o chá da tarde. Daquela boneca que estava um trapo, era remendada por lembranças. A saudade tem o poder de encontrar com passado. Em um minuto, todo aquele cenário desaparecera, sua vida voltara como antes. Limpou suas lágrimas com o avental sujo como uma dona de casa e tratou de arrumar todas as tralhas que havia restaurado. Logo, partiu para sua rotina, a panela de sopa estava à sua espera.
Nuances de cinza assombravam o exterior de sua mansão abandonada, lembrava do tempo em que a primavera coloria seu quintal, naquele momento não mais. Os únicos registros que restaram foram as fotografias. Sentia-se revivendo todos os momentos, ela foi a única que restou em seu mundinho. Voltando aos seus afazeres, revirou e revirou um baú também empoeirado, deu a vista em sua boneca de pano que sua mãe fizera quando criança. Não hesitou em abraçá-la, nem pensou se aquela boneca estaria sendo devorada por bichos estranhos, tampouco, lembrou de sua alergia à poeira, apenas a abraçou. Naquele instante, as folhas caídas do outono passado começaram a se envolver de uma forma inexplicável, o vento era tão forte que as janelas de seu casarão batiam em alta velocidade. Os passáros lutavam contra o vento, mas eram derrotados. As poucas rosas de sua coleção no jardim, desabrocharam rapidamente, só deixando vastos de folhas e galhos de árvores, enquanto ela ficava ali, quieta, abraçando sua amável boneca de pano. Abriu os olhos por um momento e daquela paisagem feia e triste, um novo cenário totalmente diferente apareceu diante de seus olhos. Era sua imagem de quando criança, brincando nos cantos daquele jardim e lembrando de sua mãe na janela chamando-a para tomar o chá da tarde. Daquela boneca que estava um trapo, era remendada por lembranças. A saudade tem o poder de encontrar com passado. Em um minuto, todo aquele cenário desaparecera, sua vida voltara como antes. Limpou suas lágrimas com o avental sujo como uma dona de casa e tratou de arrumar todas as tralhas que havia restaurado. Logo, partiu para sua rotina, a panela de sopa estava à sua espera.