Noites e noites, na mesma mesa de bar, mais precisamente, naquela mesa de bar. Ouvia Stones, gozando do bom rock n' roll que era oferecido pelo local. Garrafa de cerveja sempre na mão, às vezes abusando de uma vodca ou whisky das quais não saia tão cedo de lá, intercalando com jogos de sinuca. E ela me empurrava para mais, para mais perto. Me deixava fascinada aquele ambiente ao mesmo tempo sujo e ao mesmo tempo alegre, que me afogava às mágoas. Via pessoas todas as noites, madrugando, saindo carregadas e sem força. Pensava do por quê estarem fazendo isso, pessoas têm constantes problemas, e eu tinha os meus cujo os afogava em minha garrafa de Jack Daniels.
De vez em quando uma dose não surgia efeito, precisava de mais e de mais e de mais. De vez em quando o demais era o suficientemente para me deixar morta, sem moral, sem uma âncora para me salvar daquele mar de pessoas sendo afogadas junto de mim. Literalmente, quebrada, roupas rasgadas, como se fosse uma moradora da rua mais podre e mais escura que existe. Era assim que voltava todas às manhãs para casa, sem nem lembrar o caminho, sem nem lembrar quem eu era, o porque de estar ali.
Ressaca brava pelo resto do dia, minha vida seguia desse jeito, não havia mais retorno, estava me rendendo aos poucos em meus problemas. Não tinha cara para enfrentá-los, eles riam maleficamente até me ver em pedaços.
Como se não houvesse tristeza, a minha única alegria era meu rock n' roll, minha guitarra, minhas partituras e composições... sem esquecer, da garrafa (sem se importar com o tipo), porém, quando eu não doava meu tempo para isso, doava para meus problemas, eles não paravam de rondar minha cabeça, meu subconsciente, já estava enlouquecendo.
Eram exatamente 22h30 hora de pegar a bolsa e ir a caminho do bar, meu velho amigo, o único com quem posso desabafar por muito tempo, o único que me escuta e me compreende. O único. Eu me rendo.
De vez em quando uma dose não surgia efeito, precisava de mais e de mais e de mais. De vez em quando o demais era o suficientemente para me deixar morta, sem moral, sem uma âncora para me salvar daquele mar de pessoas sendo afogadas junto de mim. Literalmente, quebrada, roupas rasgadas, como se fosse uma moradora da rua mais podre e mais escura que existe. Era assim que voltava todas às manhãs para casa, sem nem lembrar o caminho, sem nem lembrar quem eu era, o porque de estar ali.
Ressaca brava pelo resto do dia, minha vida seguia desse jeito, não havia mais retorno, estava me rendendo aos poucos em meus problemas. Não tinha cara para enfrentá-los, eles riam maleficamente até me ver em pedaços.
Como se não houvesse tristeza, a minha única alegria era meu rock n' roll, minha guitarra, minhas partituras e composições... sem esquecer, da garrafa (sem se importar com o tipo), porém, quando eu não doava meu tempo para isso, doava para meus problemas, eles não paravam de rondar minha cabeça, meu subconsciente, já estava enlouquecendo.
Eram exatamente 22h30 hora de pegar a bolsa e ir a caminho do bar, meu velho amigo, o único com quem posso desabafar por muito tempo, o único que me escuta e me compreende. O único. Eu me rendo.