quinta-feira, 17 de março de 2011

show de máscaras

Abre-te Sézamo - "ABRAM AS CORTINAS!" - O espetáculo está para começar. Está prestes a embarcar em uma viagem, do palco para a imaginação, aos olhares.

Diante de máscaras incógnitas, diante à olhares sem perspectiva e sem direção - O que será isso? Um show de máscaras? - Da tristeza, um sorriso, do sorriso, a indiferença. O tédio.
Se houver mais de uma expressão, é dúvida. Sinto-lhe informar mas, essas máscaras representam vida, representam o que quero tentar expressar nesse espetáculo. Do obscuro da máscara triste, ela segue sem caminho, tem um foco, mas não tem a chama. A chama que entorpece qualquer alma, que a deixa quente como uma estação de verão. A mesma, que nos dá o livre arbítrio de nos dizer o que fazer, de nos mostrar o que fazer. A máscara segue com a chama apagada, que não se acende nem com meia dúzia de palitos de fósforo e nem se jorrar álcool nela inteira. Seria impossível reacendê-la? Pode ser que sim, mas enquanto não descobre, a máscara triste continua seguindo sua vida entre trancos e barrancos, uma vida normal, sarcástica.
Deixando a tristeza de lado, em certos momentos, nos damos a impressão de ver um pontinho no fundo do palco bem brilhante. O que seria isso? - olhares hipnotizantes, que tem sede de descobrir o mistério. - BOOOW! Barulhos no espetáculo. É a máscara alegre aparecendo feliz e saltitante, deixando o espetáculo divertido, claro e alegre. É impressionante o poder desta para com os notórios. Pena que ela desaparece num passe de mágica. Exigente, parece uma condessa... Essa máscara é fina, daquelas que sabe divertir, porém tem limite. O limite é pouco, podemos dizer que quase inotável. A máscara segue em frente, desaparecendo como um pó e de repente entra numa fúria... Seria aquela triste. No mínimo a assassinou. - tristeza não quer a felicidade por perto. - A mesma máscara abocanhou tão rapidamente a alegre, que o pouco da mesma, se evaporou. É uma comilona mesmo, não deixou nem um restinho. A máscara triste consumiu-se toda e se alimentou do pouco da felicidade. E agora? O que fazer? - olhos de dúvidas, vejo pessoas olhando umas as outras. - Apagam-se as luzes, o espetáculo é invadido pela escuridão. Desta, não se acendeu nunca mais.


Fecha-te Sézamo - "FECHAM-SE AS CORTINAS!" - O espetáculo chegou ao fim, sem direito a bis!