Era uma noite fria. A janela do nosso quarto estava escancarada trazendo o vento para nós, fazendo com que as cortinas esvoaçavam-se entre o vento solene que nos acalmava naquela cama quadrada, como uma doce balada. Tuas pernas eram incendiadas pelos lençóis frescos e brancos como um véu da mais linda noiva, tua perna de pele morena ficava a mostra, deixando-me embriagado mais ainda naquele momento. Via-te dormindo como uma donzela, as vezes ensaiava te dar beijos suaves em teu pescoço de pele macia. Tu, era a imagem perfeita da mulher mais perfeita, jeito de miss só que com traços selvagens que deixavam-te mais esplendorosa. Era notável teu corpo nu ser comparado a viola mais expressiva, com notas do-ré-mi-fá-sol-lá-si, trazendo melodia para minha vida, musicalidade para nosso prazer. Noites de amor, quero-te. Quero ouvir-te balbuciar em meu ouvido palavras de conforto, versos livres de amor, mostrando-te satisfeita. Era perfeito como gritavas frenéticamente onomatopéias a todo instante. Ah! doce prazer, deste quero provar sempre, como um beija-flor prova sempre do mel da mais bela e doce flor.