É estranho pensar no passado como algo que aconteceu bem distante, algo que você nem acredita que aconteceu. É como se você retornasse toda a estrada da sua vida que caminhou durante todo tempo e vir as lombadas, buracos, curvas que passou, algumas não percebidas, outras tão grandes que nunca se deu o trabalho de esquecer porque está constantemente rondando sua cabeça. Difícil é querer pegar um cimento qualquer e cobrir as falhas de sua caminhada, nada feito, a estrada só tende a crescer cada vez mais, com mais lombadas, buracos e curvas. Se eu soubesse alguma fórmula específica do esquecimento, talvez não estaria cá estou eu. Ás vezes nos pegamos sendo inimigos do nosso próprio pensamento. Ele parece ser tão cruel. Também tenho vontade de migrar em outra estrada, andar sem rumo, sem responsabilidade, apenas andar e andar. Assim diria Graciliano Ramos - andar que nem um judeu errante - ver o pôr-do-sol como se fosse a última vez na minha vida, sentir o cheiro da natureza como se não houvesse mais nem um cactus, só terra morta. Dar valor às pequenas coisas pode se tornar um caminho pensável, no qual acredito que não me arrependeria. É, passei a metade dessa minha viagem reclamando de coisas esdrúxulas, definitivamente de barriga cheia enquanto outros, nem esse direito tem. Estranho pensar nisso, seria um pensamento capitalista demais, apesar de ser a triste realidade, da qual, insisto muitas vezes em fechar meus olhos, fazendo de mim uma pessoa, de fato, egoísta.
Meus possíveis passos não serão calculados, nós tentamos de todas as formas criar espectativas, esperanças por algo que nem sabemos se irá acontecer certamente. Só caminhamos, e caminhamos muito perante à uma digníssima aventura que somente cada um de nós sabemos a origem e por certo, a morte. Ah, humanos mortais! Se tudo fosse perfeito não haveria de ter graça na vida. Quem seriam os "gauches" e os tais rebeldes revolucionários? Quiçá estaríamos na Idade da pedra ainda... Não paro de caminhar nessa minha highway que tanto temo. De vez em quando pego uma carona aqui, outra lá e assim vou continuando sem rumo, apenas respeitando minha missão. O destino virá indubitavelmente. O melhor mesmo é deixar o passado como passado e se houver novos buracos, que eu ultrapasse de todo modo, sem medo e nem pavor. O que ficou, ficou. Continuaremos na nossa infinita highway - Não queremos lembrar o que esquecemos, nós só queremos viver... Não queremos aprender o que sabemos, não queremos nem saber sem motivos, nem objetivos... Estamos vivos e é só, só obedecemos a lei da infinita highway. - que há de ter um fim.
Meus possíveis passos não serão calculados, nós tentamos de todas as formas criar espectativas, esperanças por algo que nem sabemos se irá acontecer certamente. Só caminhamos, e caminhamos muito perante à uma digníssima aventura que somente cada um de nós sabemos a origem e por certo, a morte. Ah, humanos mortais! Se tudo fosse perfeito não haveria de ter graça na vida. Quem seriam os "gauches" e os tais rebeldes revolucionários? Quiçá estaríamos na Idade da pedra ainda... Não paro de caminhar nessa minha highway que tanto temo. De vez em quando pego uma carona aqui, outra lá e assim vou continuando sem rumo, apenas respeitando minha missão. O destino virá indubitavelmente. O melhor mesmo é deixar o passado como passado e se houver novos buracos, que eu ultrapasse de todo modo, sem medo e nem pavor. O que ficou, ficou. Continuaremos na nossa infinita highway - Não queremos lembrar o que esquecemos, nós só queremos viver... Não queremos aprender o que sabemos, não queremos nem saber sem motivos, nem objetivos... Estamos vivos e é só, só obedecemos a lei da infinita highway. - que há de ter um fim.