domingo, 28 de fevereiro de 2010

o que eu tenho guardado

Estava eu aqui lembrando daquele dia em que você me perguntou o que eu tenho guardado. Na hora, não soube responder, mas agora pensei sozinha aqui comigo. Eu tenho muitas coisas. E creio que agora sim, poderei lhe responder. Tenho vida. Nela, aprendo tudo o que sou hoje e o que serei no futuro. Nela, erro e concerto meus erros. Nela, busco a felicidade onde não se encontra facilmente. Tenho amor. Na qual guardei para você. Você não soube como lidar, não soube usar este amor como uma arma de proteção, de carinho. Só soube ver o mal. Claro, você sempre muito pessimista, nunca mudará este jeito. Enfim. Tenho amigos. Eles sabem como me colocar para cima, me fazer rir e sabem como me ouvir e ajudar. Pois é, amizade não é só aquela que está do seu lado só nos ótimos momentos, mas nos ruins também. Tenho tudo isso aí em cima. E agora, já que você havia me perguntado o que eu tenho guardado, eu vou lhe complementar. Tenho guardado esperança. É, aquela coisa que a gente sente bem no fundo de que tudo poderá mudar um dia, de que tudo pode ser diferente daqui pra frente. Tenho guardado mágoas. Mágoas do mundo, mágoas de pessoas, mágoas de você... e nem sei se você notou isso. Tenho guardado arrependimentos. Me arrependo de não ter ido àquela viagem nas férias passadas, me arrependo de não ter dito que gostava daquela pessoa sem saber que ela poderia simplesmente desaparecer de um dia para o outro. Me arrependo de não ter dado bom dia ou boa tarde ao meu vizinho. Pois é, tenho muitos arrependimentos, com eles posso aprender a não repeti-los de novo, quem sabe. Tenho guardado seu amor. Será que eu fiz bem? Guardei por tanto tempo um espaço para você em mim. Meu coração fechou-se completamente à outras pessoas. Só ficou você. E agora eu quem lhe pergunto. Eu fiz bem em ter feito isso? Você mereceu depois de tudo que me fizera? Tenho guardado coisas boas e ruins. Lembranças boas e nem tanto. Digo que para tudo tem o seu lado bom e o ruim, tenho guardado comigo um pouco dos dois. Os bons eu para sempre vou lembrar, os ruins... talvez, vou lembrar de um modo diferente, de um modo em que eu não os cometa de novo no futuro. Agora, posso lhe perguntar outra coisa? O que você tem guardado? Desta vez não minta, você sabe que detesto mentira e que as abomino. Responda sinceramente, quero ouvir suas versões e saber o que se passa com você. Esquece... Não vou me enganar outra vez, nós não somos como antigamente. Não responda, apenas pense nas respostas e use-as para seguir em frente, como eu estou fazendo agora, neste momento. Já.