domingo, 28 de fevereiro de 2010

contagem regressiva

A cada dia que passa noto como a gente aprende algo. Nós passamos por tantas coisas que nem percebemos. Como por exemplo, ontem tive uma briga com meu irmão. Ficamos sem nos falar à horas. Percebi que é tão desagradável e que não quero repetir de novo, nós perdemos tempo com muita coisa inútil, poderíamos aproveitá-lo fazendo outra coisa, ou de outro modo. Antes de ontem, sai com meus amigos para um restaurante. Ri tanto que nunca havia me visto daquele jeito, me diverti demais e esqueci dos meus problemas da semana passada que tive com meu namorado. Naquela semana estava tão deprimida por conta disso. Dias passam, aliás, não passam... voam. As coisas mudam, as coisas acontecem e se movem de modo que nós não notamos. É tudo tão rápido. Eu fico insegura ao perceber o tempo voando assim, mas não deixo de curtir meu momento, meu espaço, minha vida. Você deveria fazer o mesmo! Mês passado fiz tanta coisa, paguei tanta conta, ri, chorei, tive meus momentos de estress. E agora lembrando disso, parece que foi ontem. Ano passado, então... Nem se fala! Uma coisa eu sei. Os dias estão passando, as horas também. Estou tentando fazer minha parte! Calma! Não tenho como fazer tudo ao mesmo tempo. Faço aos poucos, estou vivendo e curtindo até meus limites. Sou uma só. E se não der tempo - pois como passa voando - fica para outro dia. Amanhecer já com minhas metas, minhas missões [...] Não, pensando bem, não quero mais estas metas, vou seguir o que tiver que ser. Cansei de planejar as coisas. A vida vai lhe botando obstáculos e eu vou ultrapassando, e assim vou continuar vivendo. Oportunidades surgirão a cada dia. Só não se esqueça que tudo nesta vida passa. Até mesmo sua própria vida. Faça o que tiver que fazer, mas faça de coração e agindo com consciencia. Não arranque tapete de ninguém. Não faça deboches para ninguém, nós não somos melhores que ninguém. Haja corretamente, com sinceridade... Dê duro pelo o que você quiser ter, pois assim a sensação será mais gostosa no final. Você pode curtir sua vida de um modo digno, para que quando ela passar e seu tempo acabar, você chegar no devido lugar e falar de peito aberto:
"Errei, acertei, aprendi, mas sobretudo vivi. Vivi intensamente, mas cultivando o bem, pois acabei de descobrir que tudo o que eu fiz lá, acabei tendo uma resposta agora, na qual estou vendo diante de meus olhos, mas com uma visão diferente, panorâmica, uma visão de cima. E percebi que colhi uma coisa muito melhor do que imaginava. Sim, deixei vestígios bons, eles vão ser usados no futuro, não por mim... mas por estas que estão vivendo agora. A minha vez já foi, deixe que os dias passem para eles. Ah, dê só mais um aviso: Faça que ajustem seus relógios, pois o tempo está passando e eu estou começando a contar a partir de agora."

o que eu tenho guardado

Estava eu aqui lembrando daquele dia em que você me perguntou o que eu tenho guardado. Na hora, não soube responder, mas agora pensei sozinha aqui comigo. Eu tenho muitas coisas. E creio que agora sim, poderei lhe responder. Tenho vida. Nela, aprendo tudo o que sou hoje e o que serei no futuro. Nela, erro e concerto meus erros. Nela, busco a felicidade onde não se encontra facilmente. Tenho amor. Na qual guardei para você. Você não soube como lidar, não soube usar este amor como uma arma de proteção, de carinho. Só soube ver o mal. Claro, você sempre muito pessimista, nunca mudará este jeito. Enfim. Tenho amigos. Eles sabem como me colocar para cima, me fazer rir e sabem como me ouvir e ajudar. Pois é, amizade não é só aquela que está do seu lado só nos ótimos momentos, mas nos ruins também. Tenho tudo isso aí em cima. E agora, já que você havia me perguntado o que eu tenho guardado, eu vou lhe complementar. Tenho guardado esperança. É, aquela coisa que a gente sente bem no fundo de que tudo poderá mudar um dia, de que tudo pode ser diferente daqui pra frente. Tenho guardado mágoas. Mágoas do mundo, mágoas de pessoas, mágoas de você... e nem sei se você notou isso. Tenho guardado arrependimentos. Me arrependo de não ter ido àquela viagem nas férias passadas, me arrependo de não ter dito que gostava daquela pessoa sem saber que ela poderia simplesmente desaparecer de um dia para o outro. Me arrependo de não ter dado bom dia ou boa tarde ao meu vizinho. Pois é, tenho muitos arrependimentos, com eles posso aprender a não repeti-los de novo, quem sabe. Tenho guardado seu amor. Será que eu fiz bem? Guardei por tanto tempo um espaço para você em mim. Meu coração fechou-se completamente à outras pessoas. Só ficou você. E agora eu quem lhe pergunto. Eu fiz bem em ter feito isso? Você mereceu depois de tudo que me fizera? Tenho guardado coisas boas e ruins. Lembranças boas e nem tanto. Digo que para tudo tem o seu lado bom e o ruim, tenho guardado comigo um pouco dos dois. Os bons eu para sempre vou lembrar, os ruins... talvez, vou lembrar de um modo diferente, de um modo em que eu não os cometa de novo no futuro. Agora, posso lhe perguntar outra coisa? O que você tem guardado? Desta vez não minta, você sabe que detesto mentira e que as abomino. Responda sinceramente, quero ouvir suas versões e saber o que se passa com você. Esquece... Não vou me enganar outra vez, nós não somos como antigamente. Não responda, apenas pense nas respostas e use-as para seguir em frente, como eu estou fazendo agora, neste momento. Já.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

saudades

Acho que estou com sintomas de saudades. O problema é que eu não sei do quê. Apenas sinto essa saudade apertando no peito. Pensando bem, posso sentir saudades de tanta coisa ao mesmo tempo. Daquela conversa com a mamãe aquele dia, daquele passeio com os amigos, daquela viagem inesquecível, daquele show da banda preferida, ou até mesmo, daquela pessoa especial, que faz seu coração acelerar... ou como pode ser também, saudades de tudo que eu ainda não vivi. Fico com a ultima opção. Todas esses momentos citados eu já vivi e já revivi. Posso repetir várias vezes, ficam como lembranças. Mas, agora... e das coisas que eu ainda não experimentei? Tenho saudade de poder tomar aquele sorvete que não pude tomar, tenho saudade de por meus pés naquela praia enquanto eu não podia andar, saudade de coisas malucas, saudade de quando eu não comprei aquilo que eu mais desejava comprar. Quero viver a vida intensamente, sem receios. Poder descobrir todos os lados dessa vida. Quero sentir na pele o que eu ainda não senti. Quero enfrentar desafios que eu ainda não enfrentei, andar no molhado sem medo de escorregar, correr pelo campo sem ter hora para voltar. Cansei de depender de papai e mamãe. Vou enfrentar as coisas de frente, para poder ter saudade de tudo isso no final. Resolvido. A partir de hoje vai ser um dia diferente. Farei tudo sem receio. Arrumarei a cama pois não vou deitá-la nela tão cedo, a janela está aberta. Estou sentindo que o vento está dando respostas a mim. Fiz a escolha certa. Larguei dessa vida, vou tentar outra. E se eu não voltar satisfeita, procurarei outra, até eu encontrar o que me espera, minha felicidade. Pronto! Tenho mais 6 chances de procurá-la, e quando eu encontrar... vou me libertar e aproveitar cada segundo de minha existência.

louco

Sou louco sim e estou vivendo. Tenho ideias loucas. Faço coisas loucas.
Amo como um louco.
Admito. Erro as vezes com minhas loucuras.
Sou feliz. Sou louco sim.
Você tem uma vida? Por que não vem comigo que eu te mostro meus planos?
Ah, achou uma coisa de louco? Pois bem, prazer em conhecer. Este sou eu.
Venha comigo que te mostro as mais gostosas loucuras;
Venha comigo, que te mostro as mais belas aventuras.
Quero realizar meus sonhos loucos com você.
Digo que deves aproveitar como eu aproveito. Temos uma vida breve nos esperando.
Digo que te amo como um louco.
E assim poderemos compartilhar nossas ideias loucas;
A sós, feito dois loucos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

crítica aos que não pensam

Como podemos começar um assunto tão complexo como o Meio Ambiente? Bom, podemos começar pela conscientização. Quanto de nós brasileiros temos consciência da importância do meio ambiente para as nossas próximas e atuais gerações? Poucas pessoas se importam, outras nem se quer se posicionam a alguma opinião ou pesquisam sobre o assunto. Não há muito interesse por partes. Quando digo que é complicado, é complicado. Nem todo mundo vê as necessidades, as importâncias. É uma pena, vivemos em um mundo no qual 90% das pessoas preferem não ver a realidade e os outros 10% acabam ficando com a responsabilidade. Pois é, é difícil. Poderíamos cada um fazer sua parte. Mundo injusto! Acabei lembrando que não é todo mundo que tem uma educação ambiental. O governo se preocupa? Acho que não... Pelo que eu vejo, não. Chuvas em tempo que não eram para ter, enchentes demais, pessoas morrendo, casas sendo perdidas, objetos, e as vezes até o seu ganha pão. Você assiste isso quase todos os dias, pessoas lutam para ter algo na vida, e uma chuva de mais ou menos 1 hora acaba destruindo tudo. Algo de errado tem, não é mesmo? Agora vamos para as conclusões. Nada disso teria acontecido se o governo implantasse educação ambiental para as crianças, e adultos desde classe baixa até a alta. Nada disso teria acontecido se a população começasse a se conscientizar em prol do meio ambiente em que vivemos. Vi no jornal esses dias, acabei me revoltando de alguma forma. Pensei: "Não é totalmente culpa do governo, é também uma parte da população!" E é aí que entra o problema. Nem todo mundo sabe sobre Aquecimento Global, reciclagem, energias renováveis, separação e coleta de lixo e etc. Por isso tudo o que está acontecendo atualmente, continua amanhã, depois de amanhã e depois depois de amanhã. Nunca vai ter fim se não procurarmos a saída. Mas não é só eu e nem você, mas sim todo mundo se unir para uma única resolução. Cansei de desmatamento, cansei da falsa politicagem da Amazônia. Ficar parado olhando o barco afundar é fácil, o difícil é agir e tentar mudar. Pensar sobre o futuro, é o que sempre está em questão desde que viemos nesse mundo.

dor?

O que é isso que me persegues?
Por que insistes em ficar em meu corpo?
Sai.
Não vê que acaba comigo?
Não aguento mais estas dores, estas mágoas que vem de dentro.
Me olho no espelho, me vejo sem expressão.
Pego minha bolsa, a chave do carro.
Passeio sem rumo, vejo tudo sem fruto e assim continuo com este tumulto.
Estes gritos dentro de mim querendo ser libertos até o fim.
Sai.
A mim você não toca mais, olhei ao horizonte, senti esperança.
Senti liberdade e um pouco de tolerância.
Eta vida bandida, aprendemos e erramos.
Concordamos e descordamos.
O que mais nos resta? Diga...
O que mais nos resta além destes restos de esperança?
Tempo?
Não se iluda, nunca há tempo.
Se esperarmos demais, ele que nos toma da gente.
Dor... dor... dor.
Quando passará? Quando sairá de mim?
Apenas esperando enfim...
O dia que me resgatarás deste triste fim.

vii

Não têm faltado bocas de serpentes,
(Dessas que amam falar de todo mundo,
E a todo o mundo ferem, maldizentes)
Que digam: "Mata o teu amor profundo!

Abafa-o, que teus passos imprudentes
Te vão levando a um pélago sem fundo...
Vais te perder!" E, arreganhando os dentes,
Movem para o teu lado o olhar imundo:

"Se ela é tão pobre, se não tem beleza,
Irás deixar a glória desprezada
E os prazeres perdidos por tão pouco?

Pensa mais no futuro e na riqueza!"
E eu penso que afinal... Não penso nada:
Penso apenas que te amo como um louco!



Olavo Bilac

à 66 km do prejuízo

Fugindo da grande enchente que acontecera em Veneza há 6 dias, Felipe, sua segunda mulher e seus quatro filhos, estavam no Km 66 a caminho de Moscou. Como era um sexagenário, dirigia lentamente, à 60 Km/h. E por isso, seus três últimos filhos sonhavam tranquilamente, enquanto o quarto degustava uma 51 com sua mãe. No entanto, a gasolina de seu Jaguar acabou e fundiu o motor. Logo, pararam em um hotel seis estrelas ao lado de um posto. Decidiram se hospedar, pois o concerto do carro levaria seis demorados dias. Os filhos amaram a ideia, porque iriam curtir as piscinas durante todo esse tempo. Ao anoitecer, Felipe, vendo o panfleto do hotel, reparou que lá havia um cassino. Embora sua mulher não gostasse que ele jogasse, ele o fazia escondido, pois segundo ele, adquiria seis vezes mais sorte jogando. Após descer os seis lances de escada, finalmente conseguiu alcançar seu vício, o cassino. Enquanto esperava o seu sexto Dry Martini, apreciava o seu forte e saboroso Jack Daniels ao som de The Doors. Sua conta bancária diminuia seis vezes a cada instante, pois além de beber, apostava 60 euros a cada jogada. Nos primeiros 60 minutos, o velho apenas ganhava. Porém, com a chegada de um estranho, espadaúdo e musculoso homem de Las Vegas, o sexto melhor jogador do mundo, seu jogo acabou tomando outro rumo. Como adorava desafios, decidiu propor uma única aposta com esse misterioso homem. Apostou todos os seus 6.666.666.666,00 euros e mais seu Jaguar. Exaustos de jogar por 1 hora e 51 minutos, a última bolinha escorregava pela roleta. A ansiedade os consumia. Ao cessar o barulho da roleta, Felipe abriu os olhos. O seu mundo caiu, a bolinha parara em um número vermelho. Desesperado e desapontado, caminha até o bar do posto e diz: "Me dá minha última 51!"


PS.: Redação de Português feito com a Gi e com a Isa.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ontem, hoje e para sempre meg.

Era um dia bonito, Meg e Brian estavam apaixonados. Brian era famoso por sua banda de rock 'n' roll e por suas composições mais profundas que sempre fizera. Meg era apenas uma garota apaixonante na qual dava sua vida pela pessoa que realmente amava. Havia um sorriso encantador, cabelos longos que cheiravam ao perfume da flor mais pura que existia. Brian não podia esquecê-la, não podia perdê-la... Ela era uma garota diferente das outras.
Brian vivia fazendo turnês pelo mundo afora, estava em alta, muitas mulheres atrás dele e sempre com seu sucesso imbatível. Tinha defeitos: mulherengo, drogado e bêbado. Meg odiava isso e fazia de tudo para que ele mudasse esse jeito nem um pouco, 'encantador'. Quando estavam em férias viviam viajando para cidades dos EUA, como San Francisco... Los Angeles, sempre buscavam conhecer novos lugares. Dessa vez decidiram escolher Las Vegas. Um lugar iluminado para caracterizar mesmo a vida dos dois que estava no auge. Passaram grandes momentos inesquecíveis. Fotos foram tiradas, promessas de amor foram trocadas. Quando estava bem, Brian nem se atrevia a se drogar, de vez em quando bebia algo ali, bebia algo aqui... Mas sempre sendo controlado por Meg. Enfim, passaram umas férias maravilhosas no Caesar's Palace Hotel, um dos melhores hotéis de Las Vegas. Mas, o que é bom, dura pouco, o trabalho de Brian voltara e ele precisava retornar aos estúdios e buscar mais inspiração para suas composições. Havia pensado de tudo, mas nada vinha em sua cabeça, ele precisava escrever algo. Meg não ousava o ajudar, pois sabia que era péssima em composições musicais apesar de fazer ótimos poemas. Quando não buscava inspiração, Brian saía para tomar ar, para ver mais a cidade pelo seu ponto de vista, normalmente quando ele dava esses passeios voltava para casa correndo com algo novo para escrever, mas dessa vez estava realmente difícil. Ao voltar com sua turnê, o primeiro show iria ser em Los Angeles, esperado por todos com uma multidão prevista para assisti-lo junto de sua banda. Brian ficava ansioso com essas grandes participações, era sempre confortado por Meg, mas mesmo assim acabava se afundando em bebida e mais bebida. Nos backstages, vivia sempre com um pacote de cocaína para usar antes dos shows. O grande dia havia chegado, Brian queria logo fazer essa apresentação para sua ansiedade acabar de vez. Muitas pessoas a expectativa e Brian repetindo nos backstages: "Sou um grande cantor de rock 'n' roll, estou no auge. Mas que porra! Por que estou me preocupando?". Meg estava esperando para admirar seu namorado no meio da multidão, que era como ela gostava de ficar, sabia de cor todas as músicas, parecia uma fã alucinada. Era incrível como ela o admirava. Brian fez seu aquecimento, deu uma cheiradinha e foi logo se preparando. O palco estava a sua espera e o que aconteceu foi que se deu bem como em todos os outros shows. Cantou seus maiores sucessos e o público foi ao delírio. Ao acabar do show, fãs desesperadamente queriam vê-lo para tirar fotos e receber autógrafos. Mas algo de estranho iria acontecer. Uma de suas fãs, japonesa, beleza oriental, bonita e cheirosa acabou o seduzindo, era uma antiga conhecida dele. Brian trocou idéias com ela, colocou as conversas em dia, naquele instante acabou esquecendo que existia uma pessoa que realmente se preocupava e o amava de verdade, Meg. Fechou as portas do backstage e os flertes começaram a ficar mais notáveis e diretos. O que aconteceu foi que acabou se rendendo ao seu charme e tendo um momento de infidelidade com direito a 'sex, drugs and rock 'n' roll'. Brian era mulherengo, isso era uma pena para um cara que tinha tudo para dar certo com sua personalidade forte e seu talento. Meg gostando da apresentação de Brian foi direto ao backstage para lhe parabenizar, ao abrir a porta dá de cara com aquela cena horrível. Seus olhos fixaram-no, lágrimas quase caíram, mas como era forte conseguia esconder sua tristeza. Brian acabou vendo Meg e parou de se agarrar com a conhecida japonesa. Foi em direção a ela, mas a perdeu de vista. Brian não estava raciocinando devido às drogas e ao álcool, mas sabia que havia feito merda.
Meg correu pelo meio da rua ainda chocada com a cena, não conseguia acreditar que Brian havia feito aquilo com ela. Parou em um banco, sentou e ficou pensando em tudo que já tinha passado com ele, em todos os momentos, em todas as conversas, as juras de amor e falava com ela mesma: "Tudo o que ele falava para mim era mentira então, eu sou idiota. Muito idiota, eu devia saber que namorar um cantor de rock 'n' roll não daria certo. Mentiroso!!! Ele merece se foder, isso sim. O que custa ser sincero? Te odeio Brian, te odeio!" Meg não suportando a dor, deixou umas lágrimas cair, não era a primeira vez que Brian havia errado com ela, mas Meg pelo seu amor, deu outra chance. Ela o amava muito e sempre foi sincera com ele, nunca mentiu uma vez sequer. Naquele mesmo dia, tudo passou a ficar sem graça para ela. Voltou para casa arrasada e o dia já estava cinzento, sem cor, sem vida. Passou o resto do dia deitada na cama ouvindo suas músicas como: November Rain que sempre lhe fazia repensar sua vida, como I Still Love You do Kiss e Black do Pearl Jam, ela adorava. Brian voltou para sua casa também achando que poderia encontrar Meg de braços abertos o esperando, e não foi o que aconteceu. Sua casa toda apagada, parecia um momento de velório, não poderia imaginar que fizera aquilo com Meg. Dias foram passando e Brian não sabia se iria atrás de Meg ou não. Estava sentindo falta dela, ele não era mais como antes. Esperava por todo custo que Meg desse algum sinal de vida pelo telefone ou mandando alguma mensagem via celular, mas nada. Nenhum sinal. Brian a cada dia se afundava mais em bebidas e drogas, chamava por Meg todos os dias, precisava dela como ninguém, era a única que tinha o poder de fazê-lo parar com tudo aquilo, era a única que tinha o poder de fazê-lo sentir bem. Ele precisava mais do que nunca do calor dos braços dela, do abraço que ela dava, do beijo. Ele recebia telefonemas da banda, pois precisava voltar ao trabalho. Não atendia nenhum. Estava realmente no fundo do poço. Só vivia mesmo de cigarro e Jack Daniels. Às vezes era pego falando sozinho: "Meg... Meg, por onde andas, meu amor? Apareça, não se esconda mais, eu estou aqui para você. Chega de brincadeiras, porra!". Ele achava que ela iria aparecer em um passe de mágicas. Enquanto isso, escutando Patience do Guns e Another Time do Edguy, notando as letras profundas e combinando com o momento, foi tendo inspiração para fazer novas canções. Uma delas foi com o título de: "Ontem, Hoje e Para Sempre Meg" inspirado na própria. Não era uma música qualquer, era a música feita para ela, com a história dos dois. Quando terminada, tocava todos os dias com seu violão, pensando em como seria se ela estivesse o ouvindo tocar e cantar. Ele pensava nela a cada momento, naquele cheiro que ela tinha, naquele sorriso. Para sentir-se mais próximo, pegou o álbum de fotos da viagem que haviam feito para Las Vegas e viu uma foto de Meg sorrindo, com o vento em seus longos cabelos o fazendo mostrar seu rosto angelical. Brian sentia um aperto no coração e a cada momento implorava para ter esse sorriso, esse corpo de volta. Meg era uma inspiração para ele, não podia perdê-la. Sem ela, nada era como deveria ser, ele praticamente não funcionava.

"Abra a porta Brian! Caralho faz uma semana que você não vai às gravações, você tem problema, cara?" - era sempre acordado com o baixista batendo a porta de seu apartamento, e Brian nem ligava. Continuava dormindo, só acordando para ver se havia algo em seu celular e para beber mais um pouco de vodka e injetar mais heroína. Definitivamente, estava em depressão. Enquanto isso, Meg continuou vivendo sua vida normalmente, como se não tivesse conhecido Brian. Não iria mais dar chance a ele. Ela não conseguia mais confiar nele. Sentia sua falta, o amava mais que tudo, mas não poderia voltar com ele. Apagou tudo que o fazia lembrar, músicas em seu mp3, lembranças, fotos e etc.
Brian via seu violão sem expressão, tocava, mas não era a mesma coisa tocar para ele mesmo, queria tocar para Meg, como sempre quis fazer. Pensava em todo momento no que ela falava: “Brian, eu não posso viver com você e eu não posso viver sem você.” Parecia que ela estava falando naquele momento de tanta perfeição que era. Ele podia escutá-la falando perfeitamente como se estivesse acontecendo naquele momento. “Você sabe que eu te amo você sabe que sempre foi, é e sempre será importante para mim. Obrigada por ter entrado na minha vida, obrigada por ter dado a chance de ter te conhecido.” Essas frases que ela lhe falava não saiam de sua cabeça, os rondavam dia e noite. Brian ficava se repetindo: “Promete que não vai me esquecer? Você é a pessoa mais importante para mim, a melhor coisa que me aconteceu”. Ele estava realmente enlouquecendo, e precisava vê-la o mais rápido possível. E então decidiu deixar mensagens na secretária eletrônica e por toda parte, uma delas dizendo:

“Meg... Preciso te ver. Para mim está ruim sem você... Está ruim demais, sério. E eu só quero estar ao seu lado. Sinto sua falta toda hora. Eu te amo muito, muito, muito.”


Meg não respondia a nenhuma mensagem, fingia que não era com ela, achava que ele estava mentindo para ela de novo. Até que Brian perdeu a cabeça e decidiu ir até o apartamento dela. Não hesitou em tocar o interfone, foi direto entrando, pois o porteiro já o conhecia. Meg tinha o costume de deixar a porta destrancada, para que se caso acontecesse algo, não seria preciso destrancar. Brian entrou correndo, estava sóbrio dessa vez e gritava: “Chama a polícia, mas quero ver seu rosto, preciso ver você agora!”. Ao entrar no apartamento de Meg a vê deitada no sofá sem movimento nenhum. Aproxima-se lentamente e silenciosamente, pensou que estivesse dormindo. Mas não. Meg estava com sangue do lado esquerdo do peito e com uma arma caída do lado do sofá, ela havia se matado. Brian não acreditava no que via, achava que era alguma brincadeira e começa a gritar seu nome. Implorava pelo menos mais um momento com Meg, se arrependera de ter errado com ela e de ter passado menos tempo que deveria. A partir desse dia Brian nunca mais foi o mesmo, se culpava todos os dias e ficava pensando porque não foi ele quem morreu. Imaginava Meg falando o último “Eu te amo” ou o abraçando como ninguém o abraçara. Sua música em homenagem a ela foi a que mais rendeu sucesso a banda. Era a primeira nos hits das rádios, todo mundo queria escutar. Rendeu um bom dinheiro para Brian e sua banda. Mas ele não era feliz, pois não tinha aquele alguém do seu lado, pois não tinha ela... A Meg. Brian era pego sempre distraído, depois que ficou permanentemente sem Meg, passou a ser outro cara, se afundou mais em drogas, em bebidas, saía com tudo quanto é mulher, mas ninguém era que nem ela. Ninguém tinha a doçura de Meg, ninguém tinha seu olhar expressivo, seu abraço e nenhuma outra mulher sabia falar as palavras que Meg falava, as únicas que o confortava, as únicas que o fazia ficar todo bobo de amor. Ela era realmente incrível e não ia conhecer nenhuma outra igual. Passou a ser um cara amargo, grosso e rude. Não era mais brincalhão, nada mais tinha graça. Brian queria morrer, pensou em se matar também, mas seus amigos da banda estavam sempre por perto o ajudando:

“Ela está olhando por você. Ela morreu te amando, ela te admirava, e com certeza está orgulhosa do sucesso que está fazendo com a música feita para ela.” – dizia seu amigo Kurt, o baixista.

“Não é a mesma coisa, merda! Eu não toquei para ela, tente entender. Eu não cantei tocando no rosto, olhando nos olhos dela. Ela se foi e nem ao menos se despediu de mim, morreu com magoas de mim.” – respondia inconsolavelmente Brian.


Uma Meg havia morrido, realmente com muita mágoa, nada o machucava tanto quanto as atitudes de Brian. Ele tinha atitudes que a machucava profundamente, como ninguém havia machucado. Passou grandes momentos com ele, mas outros muito ruins. Brian agora precisa de uma nova vida, esquecer tudo de ruim que passou, precisa esquecer que algum dia conheceu Meg, no qual é impossível – dizia ele. O tempo foi passando e Brian nunca mais deu um sorriso sincero, nunca mais passou a ser o Brian, o cara do rock ‘n’ roll que todos queriam ser no qual vivia sempre repetindo para si mesmo: Ontem, hoje e para sempre Meg, minha eterna Meg.

recado aos que me fazem mal

Segredos, promessas, juras de amor trocadas. Fim.
Acordou?
É difícil acreditar! Quantas conversas compartilhadas, tantos segredos e gostos em comum...É, sumiram, se foram junto das chuvas de janeiro.
Voltam?
Talvez, quem sabe. Não podemos desvendar o futuro, apenas refletir sobre o passado.
Foi bom?
Lembranças... Ah, aquelas nossas lembranças. Não tem como se esquecer daquela nossa viagem, daquela nossa conversa por telefone.
Dói?
Arde, bem no fundo. Me sinto numa nuvem preta, ou até mesmo caindo num abismo.
Vai se salvar?
Apenas estou esperando você. É, você mesmo, por que demoras tanto? Venha, não vê que estou sem rumo, sem saída? Ah, acabei me esquecendo. Aquele amor que nos pertencia, agora não me rege mais, e sim a outra pessoa. Mas que boba eu fui achar que me salvarias! Não posso alimentar uma ilusão, devo é por meus pés no chão, pegar minhas malas, sair deste lugar preto, ver o mundo de outras cores, não mais com estes nuances de cinza. Devo andar numa praia, escutar meu velho e bom rock ‘n roll, refletir sobre a vida, sentir o vento em mim, esquecer de suas manias e passar a lembrar do meu futuro, do que me espera. Pois é, aqui vou eu. Pegar esta estrada sem rumo, quem sabe o meu telefone toque depois de amanhã. Quem sabe, você esteja na porta de casa esperando meu abraço, implorando meu perdão. Não, estou sendo boba de novo! Viu como crio esperanças? Você não faria isso, te conheço bem... Pois então, aqui vou eu. Procurando um caminho, procurando minha felicidade. Refazendo novos planos, que agora, não são mais com você. Adeus, isso mesmo... Adeus, quem sabe eu volte. Quem sabe você verá meu sorriso outra vez, daquele que o fazia pirar, que fazia iluminar seu dia. Chega! Não quero mais, isso está me sufocando. Adeus mundo preto, adeus aos que não me querem bem e aos que me fizeram mal.

back in black

Então você diz que está com raiva. E eu me pergunto, raiva do quê? Eu quem deveria estar com este sentimento depois de tudo que me fizera! Então você me provoca, achando que vai me afetar. E eu penso comigo mesmo:
"Não vou deixar que isso me atinja... Mas é inevitável, está me machucando, pára! Será que ela não vê que me machuca?"
Então você continua, e continua. Você não me ouve chamar. Apenas me cutuca. E eu ali, bem do seu lado, olhando tudo e acabado por dentro. Então você vem e diz que sente minha falta. Paro, e vejo o por que. Depois de tanto me provocar, depois de tanta raiva, ódio, xingamentos... mágoas. Da onde vem esta força? Seria sincero? Por que devo acreditar nisso? Se tudo que me fizera foi acreditar em mentiras? Não... Pára! Não vou cair nessa de novo. Penso em você, mas penso em mim e reflito no passado. Por que sentes minha falta se já não está feliz e satisfeita? Já tem até outro amor ao seu lado. O que mais quer de mim? Já roubou minha alma... O que mais você quer? Me diga! Não, não digas nada... Apenas devolva meu corpo, meu coração que ainda permanece em seu lado, todo dia, toda noite. Só você não vê, ou finges que não. Preciso voltar em mim, preciso retomar o tempo que você roubou. Não te conheço mais, acreditei em uma utopia e não em um ser humano digno de minha atenção. Agressivo, eu? Não vê que quem estragou tudo foi você? Coração bandido mesmo. Sempre traiçoeiro. Dessa vez me pegou. Eu quem fui a vítima dessa aventura. Agora, vai, anda, devolve meu corpo e minha alma. Está tarde, quero voltar para casa. Tenho meus deveres a fazer, meus valores e minha dignidade ainda estão vivos em mim. Ainda tenho muito que lutar. Se você não percebeu, outras vão perceber. Vai. Já ficou tempo demais. O relógio já apitou às 18:00h. Meu caminho me chama. Minha vida me espera lá fora. Não vai ser você quem vai mudar isso. Está rindo? Não te preocupas. Não vou voltar mais, só vim buscar o que me pertence. Vou te deixar em paz. Sei que estás bem, sei que não sofre. Ótimo. Só não quero mais isso. Já estou esgotado. Vou pegar o ônibus lotado... 18h:15, já se passaram 15 minutos. Não vai devolver? Pois então fique com minha alma, guarde-a para você. Não quero mais estas lembranças que me fazem sofrer. Vá, guarde no seu casebre, onde não tem só meu corpo, e sim uma coleção. Estou indo embora. Lembre-se de mim como alguém que deu tudo por você, que fez de tudo por você, mas que felizmente, hoje... Traçou uma nova direção. São 18h:30 já vou. Não tem nada a me dizer? Pelo menos espero que no futuro, se lembre que eu existi em sua vida. Muitas águas vão rolar, e o que vai, volta. Ah, se volta e eu não estarei aqui para ver. Não quero presenciar este triste fim. Só lamento. Hoje quem sofre é eu, amanhã... Será você e aí sim você vai entender o que estou falando. Preciso ir, preciso experimentar novos sabores. O seu já experimentei, é amargo. Vou procurar algo mais doce.