sinestésica
sintética
a síncope
em
s
í
n
t
e
s
e
na sintonia frequente
da selvageria
à calmaria
os lábios do mistério
que emitem o som do silêncio
me retiro em ressonância.
eu me sinto magnética
na alma suspirante
o genuíno e próspero sentimento
doce
acalmado pelo som eloquente
do desalinho cósmico
eu sou poesia
mesmo que eu tente me descrer
através de táticas infalíveis do não ser
eu disserto em contraponto
das arestas não encontradas
do meu ponto cego
não há ninguém nesse mundo
que possa me ler
se não eu mesma
insinuante, eu me afogo
no orgânico sentido
de procurar um sentido
desperto quando entendo
que amar é sobre não ter pressa
escaldada sempre em correria
pela primeira vez fadada
no contraste da leveza,
eu suspiro aliviada.
encapsulada por velas aromáticas
me resguardo na vista linda
do meu interior inacessível
mas que penetra o profundo e,
ironicamente, ultrapassa o físico
a força brutal polida
se torna fluorescente em minha pele pálida
e corada de frio
rios fluindo como o sangue
correndo em veias
somos metáfora.
eu sou a metáfora
que uso pra traduzir
as minhas poesias...
entorpecentemente instigante,
se você entendesse
talvez não estaria aqui
pra tentar descobrir.
pra tentar descobrir.