domingo, 29 de junho de 2014

pétalas e chamas

Já dizia Cruz e Sousa,
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras"
Forma esta, branca como a lua,
Grita silenciosamente quimérias do desejo.
Teu rosto macio como a alma lírica dos lírios
Sinto teu corpo leve como pétalas triunfando-se no meu.



Ó, virgem branda! Lá está ela!
Tua essência escorre como pingos de suor
Em meu corpo quente, como Réquiem do Sol.
Teus belos cabelos dourados escondendo
O meu rosto de prazer e desejo.
Virgem bela, ouço a harmonia de nossos corpos
Sintonizando-se como as puras constelações.



Tuas formas claras me trazem leveza
Claras como a pureza de tua malícia,
Murmuro em teus ouvidos o veneno
Doce e excitante, destilando sutis perfumes.
Gozo de prazer com tua delicadeza mórbida
Que fere e acaricia.



Turbilhões de sentimentos,
Aqueles que eu chamo de carnais...
Nossos corpos se unem por um noite,
Como se fossem únicos em uma chama de pétalas infinita.