Era uma noite fria. A janela do nosso quarto estava escancarada trazendo o vento para nós, fazendo com que as cortinas esvoaçavam-se entre o vento solene que nos acalmava naquela cama quadrada, como uma doce balada. Tuas pernas eram incendiadas pelos lençóis frescos e brancos como um véu da mais linda noiva, tua perna de pele morena ficava a mostra, deixando-me embriagado mais ainda naquele momento. Via-te dormindo como uma donzela, as vezes ensaiava te dar beijos suaves em teu pescoço de pele macia. Tu, era a imagem perfeita da mulher mais perfeita, jeito de miss só que com traços selvagens que deixavam-te mais esplendorosa. Era notável teu corpo nu ser comparado a viola mais expressiva, com notas do-ré-mi-fá-sol-lá-si, trazendo melodia para minha vida, musicalidade para nosso prazer. Noites de amor, quero-te. Quero ouvir-te balbuciar em meu ouvido palavras de conforto, versos livres de amor, mostrando-te satisfeita. Era perfeito como gritavas frenéticamente onomatopéias a todo instante. Ah! doce prazer, deste quero provar sempre, como um beija-flor prova sempre do mel da mais bela e doce flor.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
clara
Havia jardins, havia manhãs naquele tempo.
Clara era como uma sereia impactante diante de um ser curioso. Clara como seu nome, causava mistérios por onde passava. Lá vai ela mais uma vez, caminhando suave, parecia que estava nas nuvens. Serena como o sereno das noites, ela clareava o dia de qualquer um com seu sorriso estonteante. Do amor entendia pouco, preferia deixar esse assunto sob versos de melancolia que escrevera em suas folhas perfumadas dentro de sua escrivaninha no quarto. Sobre a vida, ah! A vida. Clara admitia muitas coisas, menos ver a tristeza de um próximo, menos a vontade pequena de viver. Cultivava sementes de ouro e pretendia colhe-lás no futuro para montar um tesouro, um tesouro que só ela teria a chave, mais ninguém. Amante de Carlos Drummond de Andrade, o lia todas as noites. Conhecia de literatura como ninguém.
Fazia sua vida através de sonetos ricos, versos livres. Assim conquistava sua liberdade. Clara como a neve. Da luz, vinha ela: Clara.
Clara era como uma sereia impactante diante de um ser curioso. Clara como seu nome, causava mistérios por onde passava. Lá vai ela mais uma vez, caminhando suave, parecia que estava nas nuvens. Serena como o sereno das noites, ela clareava o dia de qualquer um com seu sorriso estonteante. Do amor entendia pouco, preferia deixar esse assunto sob versos de melancolia que escrevera em suas folhas perfumadas dentro de sua escrivaninha no quarto. Sobre a vida, ah! A vida. Clara admitia muitas coisas, menos ver a tristeza de um próximo, menos a vontade pequena de viver. Cultivava sementes de ouro e pretendia colhe-lás no futuro para montar um tesouro, um tesouro que só ela teria a chave, mais ninguém. Amante de Carlos Drummond de Andrade, o lia todas as noites. Conhecia de literatura como ninguém.
Fazia sua vida através de sonetos ricos, versos livres. Assim conquistava sua liberdade. Clara como a neve. Da luz, vinha ela: Clara.
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