icônica
tuas curvas hidropônicas
que meus dedos deslizam
como um campo vazio
regado à natureza instância
da obra clara da malemolência
do corpo dissimulado
entre as cortinas do quarto
ameaçando se mostrar
entre risos e sorrisos
e do vento rubro da correnteza
de ar que percorre
eu suspiro alto a fim que escute
e que me sinta vomitando
meu interior naquele momento
único
entre as cortinas
a vertigem do te ver e não te ver
ver teus cabelos longos esvoaçando
destilando um perfume sereno marcante
que contrasta com o cheiro da tua pele
e produz uma abundância delicadeza no ar
que para mim parece durar uma eternidade
mas que na dicotomia do universo
as estrelas se iluminam mais rápido
querendo te acompanhar
do movimento dos teus quadris
reparo na linda sombra que se forma
no chão
cada partícula do momento
eu resgato na magnitude da feição
......do seu olhar
do doce sorriso de bochecha corada
que vejo rapidamente e logo se perde
nas longas cortinas brancas tipo fada
tu se configuras como uma só
o pano demarca tuas curvas
fazendo-me acreditar
que estou próximo da perfeição.