domingo, 29 de junho de 2014

pétalas e chamas

Já dizia Cruz e Sousa,
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras"
Forma esta, branca como a lua,
Grita silenciosamente quimérias do desejo.
Teu rosto macio como a alma lírica dos lírios
Sinto teu corpo leve como pétalas triunfando-se no meu.



Ó, virgem branda! Lá está ela!
Tua essência escorre como pingos de suor
Em meu corpo quente, como Réquiem do Sol.
Teus belos cabelos dourados escondendo
O meu rosto de prazer e desejo.
Virgem bela, ouço a harmonia de nossos corpos
Sintonizando-se como as puras constelações.



Tuas formas claras me trazem leveza
Claras como a pureza de tua malícia,
Murmuro em teus ouvidos o veneno
Doce e excitante, destilando sutis perfumes.
Gozo de prazer com tua delicadeza mórbida
Que fere e acaricia.



Turbilhões de sentimentos,
Aqueles que eu chamo de carnais...
Nossos corpos se unem por um noite,
Como se fossem únicos em uma chama de pétalas infinita.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

...

(...) e o meu destino eu entrego à Ele, somente à Ele. Enquanto nada acontece, eu fico aqui sentada e sofrendo com o entardecer, com medo do amanhã e do que ele poderá me trazer. Continuo aqui, com medo, de quando o pôr do sol aparece e do que com ele virá. Porém, aqui estou, meu destino escrito e talvez reformulado como um rabisco de um texto incompleto. Meu destino é uma reticências sem fim..........................

quinta-feira, 12 de junho de 2014

machadiando

"No primeiro dia pensei em me matar. No segundo, em virar padre. No terceiro, em beber até cair. No quarto, pensei em escrever uma carta para Marcela. No quinto, comecei a pensar na Europa e no sexto comecei a sonhar com as noites em Lisboa. Em seis dias Deus fez o mundo e eu refiz o meu." 

[Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis]