sábado, 19 de junho de 2010
nua e crua
segunda-feira, 14 de junho de 2010
cruz e souza
Ele não compreendia metade do que via, sua cabeça girava por dentro, mas se mantia fixa ao pescoço a todo momento, olhando para frente. Sua respiração estava lenta e fraca, como se estivesse tragando os conceitos absurdos que se deparava, numa tentativa disfarçada de filtrá-los. Seus olhos eram teimosos, insistiam em olhar para os lados, analisando cada elemento desconhecido, decinfrando-os. Ele só queria ir para casa, estivesse ela onde estivesse.
[...]caminhava cautelosamente até o fim do corredor vazio, estava ficando tarde e ele já não ouvia nada além do estalar da sola de seus sapatos com o chão, e de sua respiração rápida e desenfreada. Ele não sabia o que tinha atrás daquela porta, mas sabia que não poderia ser pior do que a curiosidade aprisionada por trás dos pobres olhos cansados e inchados.
"Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem."- Cruz e Souza
[...]caminhava cautelosamente até o fim do corredor vazio, estava ficando tarde e ele já não ouvia nada além do estalar da sola de seus sapatos com o chão, e de sua respiração rápida e desenfreada. Ele não sabia o que tinha atrás daquela porta, mas sabia que não poderia ser pior do que a curiosidade aprisionada por trás dos pobres olhos cansados e inchados.
"Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem."- Cruz e Souza
sexta-feira, 11 de junho de 2010
eis aos seres
Eis aos seres justos, eis aos seres que não são livres... prisioneiros desta sociedade medíocre. Eis aos ignorantes e aqueles que se calam. Eis a todos aqueles que se sacrificam todos os dias, que lutam todo dia mais. Eis aos infelizes, sem vontade de viver. Vocês vão entender o que penso, vocês sim, vão entender o que se passa a minha volta. Não me sinto covarde, nasci para viver e lutar... e acima de tudo, enfrentar desafios. Apenas cansei, cansei desta tormenta e deste escândalo. Cansei de ser prisioneira de algo que não tenho culpa. Apenas acho que desafios viraram clichês para mim, já que os enfrento todos os dias, de cara a cara. Aposto que vocês também fazem o mesmo, alguns mais devagar, outros mais espertos. Vivo de momentos, pois nossa vida é uma caixinha de surpresa, porém, vivo com receios, vivo com minhas lágrimas que não secam por trás de um sorriso, por um machucado que nunca se cicatriza. Eis aos maufeitores donos da razão e da verdade, eis aos que julgam sem pensar, eis aos filhinhos de papai, eis aos que se acham melhores que os outros. Eis aos felizes até demais. Eis aos estúpidos sem educação e escrúpulo. Eis a quem? À esses, sou vítima. Vítima e refém ao mesmo tempo, pois acabo me tornando um meio onde tudo o que eles pedem, você deve abaixar a cabeça e fazer. Aprendi a não ser assim, mas meu ponto fraco amadurece mais que eu. Não dou conta, ele apenas aparece quando menos deveria aparecer. Droga! Não pode ser, nem comigo mesma consigo me controlar, imagina tentar isso com os outros. Blasfêmia. Ilusão. Isso não acabará nunca, só está começando, guardei forças até um certo ponto, mas tem uma hora em que nossa fraqueza fala mais alto, onde tudo o que você faz ou deixa de fazer gere consequências e comentários. Eis aos que me amam de verdade. Eis aquela pessoa que amo de coração... É, você mesmo. Eis a pessoa que me dá forças a cada dia. Eis aos que me querem bem e aos que me fazem ou fizeram ser uma pessoa melhor. Aqui eu digo um até logo, pois com vocês vou me reencontrar. Mas vi a janela de casa, e vi que já passei o que tinha que passar, e já fiz o que tinha que fazer. Não tenho mais vontade de continuar aqui, e não encontro mais o sentido da coisa... não encontro o sabor doce que é. Perdoem-me os deuses por não ter conseguido ser forte o bastante para aguentar, ou não ter sido sempre perfeita. Perdoem-me os que me amam e que só vestígios deixarei. Perdoe-me, você, a pessoa que nunca esquecerei... mesmo longe. Já basta para mim, minha hora chegou e devo partir. Sei que isso vai contra a lei da natureza. Mas pouco me importo com o que vai acontecer daqui para frente comigo mesma, a única coisa que me importo é em encontrar a minha nirvana, a minha paz... descançar o tempo em que eu lutei para ser como todo mundo, para obter meu espaço. Agora é minha vez de ditar as regras e de ter meu próprio lugar, sou eu quem escolhe dessa vez, não tente trapaçear. Já escolhi, já refleti. Aquele meu momento inesperado e um tanto esperado chegou. Eis o adeus, doloroso, porém, menos agonizante.
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