quarta-feira, 26 de maio de 2010

amar, verbo intransitivo

Amar? Amar quem, o quê? Estou sozinha agora, você não vai mais estar nas noites comigo, não ouvirei mais sua voz, não poderei mais contar sobre o meu dia. Com quem vou compartilhar meus momentos felizes e meus momentos tristes? Amar... verbo intransitivo. Não sabemos o amanhã, só podemos rever o ontem. O ontem eu revi, estava feliz, pois estava com você. E amanhã? O que será de mim? Já é tarde, volte logo para casa, diga que vai atender minhas ligações. Olhei agora pouco a janela e vi um tempo feio chegando, então volte, não quero ficar sozinha em casa. Eu tenho medo, muito medo de que você encontre o paraíso e esqueça seu redor. Temo que você encontre o caminho certo e se esqueça do caminho de volta para cá. Preciso do calor dos seus braços para me esquentar, preciso do seu apoio para me sentir segura. Acho que quando você voltar, estarei dormindo. Mas me acorde, estarei esperando por você. Sabe, eu espero por você faz muito tempo. Eu sento todos os dias na cadeira em frente de casa, olho o mar e nos imagino daqui a cinco, dez, ou talvez uns trinta anos juntos. Amar, verbo intransitivo. É isso o que estou sentindo agora. Ninguém para amar, ninguém para me amar. Só lembro de nossas noites, nossas conversas, mas isso não me completa ainda. Quero te ter do meu lado, por isso, não se atrase. Eu estou contando os minutos e vejo que se atrasou outra vez. Me sinto sozinha. Não vejo ninguém ao meu lado. Será que tudo o que eu tenho feito até agora foi em vão?- não - definitivamente, não. Eu não posso deixar as coisas acabarem desse jeito. Minha felicidade é você, dizem que temos que correr atrás, mesmo estando longe, ou demore. Então, correrei. Posso não te encontrar, posso te encontrar. Posso me decepcionar, posso ser feliz. Consequências terão, mas passo por cima. Enquanto isso não acontece, estarei aqui sentada na mesma cadeira, olhando o mar, contando os minutos, e esperando você vir me buscar... Amar, verbo intransitivo. Amar quem, o quê?.... Para quê?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

conselhos de um velho apaixonado




Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida. Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês. Se o 1º e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo do céu te mandou um presente divino : O AMOR. Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro. Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida. Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado... Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados... Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite... Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado... Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro. Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais. Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR!

sábado, 1 de maio de 2010

escurecer

Houveram dias em que estive no fundo do poço.
Houveram dias em que me senti no fundo do poço.
Houveram dias que não me salvei do fundo do poço.
Houveram dias que...

É. Sempre acabo voltando ao mesmo lugar.